sexta-feira, 11 de junho de 2010

Lula em Natal

Quarta-feira, 9 de junho de 2010

Anote na caderneta: Rio Grande do Norte ganhará qualidade de vida

Não podemos aceitar a idéia de que o Brasil possa ser dividido em regiões que podem tudo e outras que nada podem. Por isso o governo tem priorizado investimento nas regiões mais necessitadas do País – Norte e Nordeste – como forma de equilibrar o desenvolvimento brasileiro. Mas isso pode ainda levar um tempo, admitiu o presidente Lula, porque projetos como os anunciados nesta quarta-feira (9/6) em Natal (RN), para agilizar a construção do aeroporto internacional São Gonçalo do Amarante na cidade, a criação de duas Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) e o convênio assinado entre o Ministério do Turismo e o governo potiguar, podem levar até uma década para dar os resultados desejados. 

“A gente podia marcar na caderneta a data de hoje para que a gente pudesse saber o que vai acontecer com este estado nos próximos 10 anos”, avisou o presidente Lula durante a cerimônia realizada na capital do Rio Grande do Norte. São projetos como os anunciados hoje em Natal que ajudarão o Rio Grande do Norte a melhorar o nível de vida da população e também a mudar o cenário das estatísticas apresentadas pelo IBGE, que sempre mostram os estados do Norte/Nordeste como campeões em mortalidade infantil, morte de mulheres no parto, enquanto os do Sul/Sudeste aparecem com os melhores índices em educação, escolaridade, doutores, pesquisas. As ZPEs e o aeroporto que será o maior terminal de cargas da América Latina tornarão a região em um novo pólo exportador do País, disse Lula, e isso trará benefícios à população local, que quer ser tratada como qualquer outro brasileiro e ter oportunidade para trabalhar, ganhar seu salário, estudar, comer, ter acesso à cultura.

Por isso é importante o governo tomar certas decisões políticas, como a de construir novas refinarias no País, apesar da Petrobras ter sido contra no início, por avaliar que o mercado brasileiro já estava bem suprido pelas refinarias existentes. Mas as novas refinarias, como as duas previstas para o Maranhão e o Ceará, ajudarão o Brasil a exportar produtos derivados do petróleo, e não mais apenas óleo bruto. Quanto maior o valor agregado do produto exportado, melhor para o País, garantiu Lula.


Texto extraído do Blog do Planalto
Link: http://blog.planalto.gov.br/anote-na-caderneta-rio-grande-do-norte-ganhara-qualidade-de-vida/

O PT marcando o território da campanha

RESOLUÇÃO POLÍTICA DO DIRETÓRIO NACIONAL DO PT

O Diretório Nacional do PT, reunido no dia 11 de junho, na véspera da Convenção Nacional que oficializará a candidatura de Dilma Roussef à presidência da República, debateu a conjuntura nacional e internacional e aprovou a seguinte resolução política:

O mundo inteiro acompanhou, nas últimas 48 horas, dois grandes atos políticos de sentido diametralmente oposto.

Por um lado, a inauguração da Copa do Mundo na África do Sul, durante a qual o Bispo Desmond Tutu, prêmio nobel da Paz, conclamou todos os presentes a homenagear Nelson Mandela, símbolo internacional de luta, perseverança e tolerância.

Por outro lado, a decisão do Conselho de Segurança da ONU, aprovando uma nova rodada de sanções contra o Irã, desperdiçando a grande negociação em prol da paz, que fora construída pelos governos da Turquia e do Brasil.

O governo brasileiro, neste episódio como em tantos outros, agiu de maneira coerente: o mundo precisa de desenvolvimento, justiça, democracia e paz. E o caminho para atingir estes objetivos é o do diálogo, da tolerância, do acordo que respeite a soberania e os direitos de todos os países, não apenas das potências que foram vitoriosas numa guerra que se encerrou há 60 anos.

Nunca é demais lembrar as palavras de Lula para Bush, quando o então presidente dos Estados Unidos convidou o Brasil a participar da guerra contra o Iraque: minha guerra é contra a fome, disse o presidente brasileiro.

Oito anos depois, a guerra no Iraque destruiu um país, matou centenas de milhares de pessoas e não tem desfecho à vista, sem que nunca tenham sido encontradas as armas de destruição em massa que foram o pretexto para a invasão comandada pelos EUA.

Oito anos depois, as políticas adotadas pelo governo Lula melhoraram a vida do povo brasileiro. Do início de 2003 até hoje, nosso PIB foi de 0,5 trilhão para 1,5 trilhão de dólares; as reservas internacionais do Brasil cresceram de US$ 35 bilhões para US$ 240 bilhões; o salário mínimo subiu de US$ 80 para US$ 280; 30 milhões de pessoas ascenderam socialmente; 10,6 milhões mudaram de favelas; o índice Gini caiu de 0,58 para 0,52.

Enquanto isso, os Estados Unidos e a União Européia estão envolvidas numa brutal crise econômica, cuja causa imediata é a loucura especulativa neoliberal, o endeusamento das forças de mercado, a desvalorização do Trabalho e dos controles públicos indispensáveis à uma vida civilizada. Crise que os conservadores hegemônicos nestes países querem enfrentar através de medidas recessivas, que só aprofundarão a crise e penalizarão os trabalhadores.

Apesar de desmoralizados pela vida, os neoliberais não perdem os vícios, nem a pose. No Brasil, por exemplo, o candidato da oposição ataca a política externa brasileira, deixando evidente que sua opção é pela submissão aos poderosos de ontem, sem perceber que o mundo está mudando e que nosso país já é um dos protagonistas de uma nova época que está nascendo.

O povo brasileiro não quer a volta do passado, do neoliberalismo, das privatizações, do desemprego. Isto fica claro a cada nova pesquisa de opinião, seja pelos índices de apoio ao governo Lula, seja pelo estancamento da candidatura da oposição de direita, seja pelo crescimento constante da opção de voto em Dilma Roussef.

Nossa dianteira nas pesquisas, entretanto, não pode nos levar a baixar a guarda, nem a achar que a eleição está ganha. A oposição e seus apoiadores nos meios de comunicação já demonstraram, por diversas vezes, estar dispostos a absolutamente tudo para tentar ganhar as eleições.

Num primeiro momento, tentaram ocultar sua postura de oposição ao nosso projeto, fugindo do debate programático, centrando fogo em nossa candidata e em nosso partido, fomentando intrigas e difundindo mentiras, buscando dividir a base de apoio do governo.

Não tiveram êxito. Agora, mesmo que alterem a tática, não mudarão os métodos. Farão de tudo para levar a eleição ao segundo turno, apoiando outras candidaturas presidenciais, estimulando a judicialização da política, usando os grandes meios de comunicação como boletins de campanha, atacando os direitos humanos, torcendo para que a nova etapa da crise internacional altere para pior as condições do Brasil, produzindo crise cambial, alta de juros e primarização de nossa pauta de exportações.

Devemos estar preparados para uma campanha de golpes baixos, que pode se estender até o final de outubro. E que sinaliza qual será o comportamento de uma parte da oposição, durante nosso futuro governo.

A partir de 13 de junho, a disputa eleitoral entra em uma nova etapa. Nela, como antes, o debate programático jogará papel fundamental. Ao PT interessa comparar o passado neoliberal, com o presente desenvolvimentista; interessa também debater o futuro, a nossa visão de mundo, o nosso projeto de integração continental, o nosso projeto nacional, nossa concepção de desenvolvimento com igualdade e democracia.

Papel destacado terá, neste sentido, a Comissão de Programa de Governo do PT, a quem caberá defender as diretrizes aprovadas no IV Congresso do Partido, formular o detalhamento setorial destas diretrizes e impulsionar, em comum acordo com todos os partidos da coligação, a elaboração do Programa de Governo Dilma 2011-2014.

Interessa, por exemplo, explicar as vantagens do modelo de partilha frente ao modelo de concessão; o papel decisivo que os bancos públicos jogaram, para evitar os efeitos mais perversos da crise internacional; o papel da elevação do salário mínimo e de programas de transferência de renda, para estimular um mercado interno que sustentou o crescimento do país. 

Interessa, igualmente, destacar a importância dos temas da democracia e da reforma política, direitos humanos e da comunicação, em nosso projeto de país.

Por tudo isto, é essencial que o conjunto do Partido dos Trabalhadores esteja envolvido e coordenando a campanha que nos levará à vitória em outubro de 2010. Inclusive porque não queremos apenas ganhar a eleição presidencial: queremos criar as condições para que o governo Dilma aprofunde as transformações que fizemos no Brasil. E isso supõe eleger mais governadores, senadores, deputados federais e estaduais comprometidos com nosso projeto. 
Supõe, precisamente, transformar a campanha eleitoral numa grande campanha político-cultura de massas por um Brasil cada vez mais democrático e popular, com reforma agrária, com democratização da comunicação social, com imposto sobre as grandes riquezas.

Alcançar estes objetivos dependerá do envolvimento dos partidos de esquerda, dos movimentos sociais, da intelectualidade progressista, de todos os brasileiros e brasileiras comprometidos com a soberania nacional, a democracia e a igualdade social.

Esta é a primeira e principal missão do PT, de cada petista, nos próximos meses: vencer as eleições, para continuar mudando o Brasil.
 
Brasília, 11 de junho de 2010

Diretorio Nacional do Partido dos Trabalhadores

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Os pensadores da big-press e seus achados


Montenegro do IBOPE sobre as eleições presidenciais a menos de 1 ano: Lula não elegeria um poste, não transferiria votos e o teto de Dilma Roussef não passaria dos 15%. Serra, o ungido pelos homens bons e mulheres boas do Pindorama, segundo as brilhantes análises desse gênio brasileiro da ciência política, seria o próximo Presidente da República. Ai tivemos a ficha falsa da "fantoche do Lula" na Folha de São Paulo, a tentativa torpe de José Agripino Maia (DEM) de enquadrá-la como mentirosa contumaz no Senado e o afair Lina Vieira (a que perdeu a agenda).
 
O cenário de hoje: IBOPE e Datafolha aos poucos tentando se adequar à realidade e apresentando “empate técnico” inexplicavelmente idênticos de 37% a 37%; note-se que a distribuição geográfica do universo pesquisado dos dois institutos é diferente, o que torna essa quase exatidão na replicação dos resultados um caso sui-generis e cientificamente embaraçoso.


Mirian Leitão e Sardenberg no auge da crise econômica mundial no início de 2009: a Brasil sofrerá sérias conseqüências, teremos uma recessão descomunal. Enquanto Luis Inácio dizia que pra nós seria só uma marolinha era diuturnamente ridicularizado e sarcasticamente agredido sem piedade; o torneiro mecânico pernambucano idiota e burro, diziam. Quando o país deu sinais de recuperação Miriam esbravejou que o crescimento trazia o risco de galopada inflacionária e Sardenberg apresentando aqueles gráficos mirabolantes que nem mesmo Niels Bohr (um dos pais da Mecânica Quântica), caso fosse ainda vivo, saberia traduzir em algo palpável.

O cenário de hoje: o Brasil crescendo em “ritmo chinês” e uma inflação das mais baixas já registradas e os entendidos bradando que isso “não é tão bom assim” pois existem “gargalos” na infraestrutura ainda não resolvidos; é como se você trocasse de carro e aquele “seca-olho” pra lá de invejoso te dissesse: É, o carro é bonito, mas sua garagem não suporta essa lindeza toda... parece que o piso está afundando em alguns pontos, melhor se você tivesse pensado antes de trocar de carango!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Um tijolaço e tanto

Texto de autoria de do Deputado Federal Brizola Neto do PDT:

"O perigo da volta do Serra que “já foi”

maio 30th, 2010 às 16:02

do deputado Brizola Neto, no Tijolaço

O projeto que a  direita brasileira traçara, cuidadosamente, para tentar retormar o poder total – porque totalmente do poder ela jamais saiu – está arruinado.

A essência deste projeto era a desinformação e o esfriamento do debate político. O desconhecimento de Dilma, o seu quase anonimato, era o seu trunfo.  E, convenhamos, isso correspondia a uma realidade.

Um realidade que prevaleceria, se dependesse apenas do processo político convencional, inclusive das estruturas partidárias que apóiam Dilma, perdidas em composições eleitorais, disputas por “cabeças  de chapa” e disputas de “espaço interno”. As estruturas políticas convencionais da nossa “esquerda” estão acomodadas, sofrendo da “modorra” criada por anos de governo,  de cargos, de praticar uma política que, embora diferente do ponto de vista dos seus objetivos, ia se tornando semelhante, em matéria eleitoral, à dos políticos conservadores.
Alguns fatores, porém, mudaram esta situação.

O primeiro, e mais importante deles, é que Lula nem de longe trabalhou com a tese de que seu retorno ao poder em 2014 fosse o objetivo central e, portanto, nunca adotou a posição de d’après moi le deluge (depois de mim, o dilúvio, que teria sido uma frase dita por Luís XV, rei da França).  E olhem que isso não é raro com governantes populares e bem avaliados, e os mais velhos podem traçar paralelos com o que ocorreu com JK.

Ao contrário. Lula, desde o momento em que escolheu Dilma sinalizou que quem enfrentaria o processo eleitoral não seria o PT ou os partidos da base do Governo, mas ele, pessoalmente. Ele, que pela sua origem e estatura, sabe que o sucesso de seu governo deveu-se não à máquina, mas a si mesmo, quis alguém externo à máquina partidária, que não tinha como desafiá-lo e a quem não restava alternativa de, mesmo sem grande ânimo, senão aderir – para alguns com certo contragosto – à candidatura Dilma.

Tenho certeza que foi enorme o sofrimento pessoal do presidente ao sacrificar Ciro Gomes-  que não apenas foi um aliado fiel como é uma figura humana cativante – em nome desta identificação única: Lula é Dilma e Dilma é Lula.

E Lula enfrentou, pra valer, o processo eleitoral. Expôs-se até ao um risco de quebra de sua “unanimidade”, jamais recolheu-se a uma falsa posição de árbitro ou de alheio ao processo, não seguiu o modelo “Bachelet” de manter-se um tanto quanto afastado da dinâmica eleitoral para que um eventual insucesso eleitoral não maculasse  sua “canonização” política, o que era algo tão forte que até mesmo Serra – o prévio Serra – não hesitava em exaltar.

Ficou claro o que Lula queria deixar claro: Lula é Dilma e Dilma é Lula.

O segundo fator foi, por conta disso, a lucidez do povo brasileiro. Na sua simplicidade, soube – e está sabendo cada vez mais – ler o que dizia o presidente e corresponder a este entendimento. A adesão à candidatura Dilma  espalhou-se como uma imensa hera, incontrolável, por vezes – para escândalo dos sabichões elitistas – de forma aparentemente irracional  (mas, no fundo, totalmente lógica e razoável, por identificação a um momento novo na vida do país). Era “a muié do Lula”, termo que nossos “punhos de renda” desprezavam, mas que para o nosso povão, na sua sincera e genial compreensão, resumia perfeitamente o significado da candidatura que ele propunha às massas. Ah, como este nosso povo é lúcido quando os líderes se oferecem a ele como referência!

Ficou-lhe claro que Lula é Dilma e que Dilma é Lula.

O terceiro fator, menos importante do ponto de vista de massas, mas importantíssimo para que  o debate formal e midiático não ficasse totalmente sob as rédeas da direita – como sempre aconteceu – foi esta nossa incipiente comunicação via web. As manobras, a parcialidade da mídia, as manipulações das pesquisas, tudo isso que sempre se fez impunemente nos processos eleitorais, de repente, viu-se sob o crivo de dezenas de milhares de olhos e suas contradições foram expostas, escritas num lugar  em que centenas de milhares ou até milhões de pessoas poderiam ver.

Se a crise do capitalismo mundial abalou o mundo do pensamento único, foi aqui – e não na mídia convencional – que os outros pensamentos, as outras análises, os outros enfoques, as outras verdades encontraram o seu canal de expressão aberta, já não mais restritas aos circulos acadêmicos, partidários, corporativos.

Uma leitora, num depoimento que me comoveu profundamente, disse outro dia aqui que tinha largado as panelas do jantar de sua família para ler uma determinada análise política. Será que os nossos analistas políticos se dão conta do que vem a ser isso? Será que se dão conta do sentido sublime e genial desta participação de alguém que, para eles, é uma pessoa amorfa, conduzida de forma inciente pelo marketing?

A mudança de posição de Serra, abandonando o “lulismo”, tem dois significados.

O primeiro é que desabou a pretensão da direita de, sob mil artifícios de mídia e de pesquisas (e ambas se confundem, não é?), inaugurar a campanha eleitoral, com o “favoritismo” de Serra. Este favoritismo seria sua legitimação. Seria sua “ligação com o povo”, que o absolveria de ser, como é, o candidato anti-povo.

Ele a perdeu. Ele está fadado a começar a campanha como o candidato das elites , do “grand-monde” , ordem interna e da obediência externa.

E isso quer dizer que seu “teto” baixou para algo como os 30% dos votos que a direita, em geral, consegue reunir em qualquer pleito eleitoral. São estes que Serra busca consolidar. Ninguém ache que o sentimento anti-Lula se resuma aos 5 ou 6% que aparecem como avaliação de “ruim e péssimo” nas pesquisas sobre seu Governo. Ele é correspondente, isso sim, aos 24 ou 26% que não são classificados como “aprovação”.

Você mesmo pode verificar entre o seu círculo de relacionamentos que os que classificam o Governo como “razoável” são, em geral, eleitores do candidato anti-Lula.

Mas não se ganha eleição com 25 a 30%.

É preciso criar uma crise que desestabilize esta tendência natural.

Econômica, seria o ideal. Mas o caminho para isso parece estar fechado pela pujança que a economia brasileira tem, neste momento e, ao que tudo indica, terá nos próximos meses.

Resta a crise institucional. E ai, já vimos que estamos diante de alguém desligado de qualquer princípio ético e moral, que é capaz de mentir, de camuflar, de esconder ou de intrigar de todas as formas.

Nosso dever, aqui nesta nossa pequena janela que lança luz sobre os fatos, é não descuidar e nunca achar que o inimigo está derrotado. Porque ele não segue as regras do jogo democrático e eleitoral.

Vamos vencer, sim. Mas o preço desta vitória ainda nos será muito caro. Virão ainda mil e uma armações, além das que já estão em curso.

Talvez nos sirva o preceito bíblico: vigiai e orai. Mas com um acréscimo: vigiai, orai e lutai.

Comecemos mais uma semana de combate, meus amigos.

Com a serenidade dos que têm a razão a seu lado.

Mas com a dedicação e coragem dos que sabem que estão lutando uma grande batalha histórica."