sábado, 24 de julho de 2010

A estranha alquimia do Datafolha

Datafolha 23/07/2010: Dilma 36% Serra 37%... o tal empate técnico, isso imediatamente depois do Vox Populi ter divulgado pesquisa com Dilma em 41% e Serra nos 33%.

Uma proeza! Uma diferença de 9 pontos percentuais (mais de 12 milhões no universo de 135 milhões de eleitores) pró Serra de um dia para outro.

É incríve!!!

Em 2006 Lula abocanhou no 1º turno 48,61% dos votos válidos, apesar de todo o bombardeio midiático em cima do seu governo, lembremos: Mensalão "do PT", Compra de tapiocas com cartões corporativos, Contas de Lula no exterior, etc.

No 2º o ineditismo de Alckimin tendo menor número de votos que no 1º turno, algo próximo a 2 milhões de votos a menos, as explicações dos "analistas": até hoje aguardamos, as que sairam não convencem nem os mais entusiastas anti-lula.

Até meados de março de 2010 ainda repercutia na mídia a versão (e desejo, vejo agora) de que Lula não transfere votos, isso foi dito por vários "especialistas" em eleições e "cientistas sociais" dos mais diversos naipes e cores ideológicas de direita... e parece que os tucanos e democratas acreditaram candidamente nessa falácia; o ápice foi quando Dilma foi oficializada como canditada bancada e apoiada por Luis Inácio, ai foi uma catarse orgásmica sem precedentes: uma "poste" autoritária e antipática jamais iria seduzir o eleitorado lulista... e estão quebrando a cara.

Montenegro do IBOPE chegou a afirmar que a "poste" não passaria de um teto de 15%.

Mas vão continuar nos afrontando com esses números fantasiosos.

A Folha de São Paulo e o Datafolha? Estão entre os últimos bastiões em favor do ungido, vão morrer juntos, espero, num abraço de afogados.

domingo, 18 de julho de 2010

O golpismo via tapetão, o sonho da mídia... e de Serra

No desespero da causa vão partir para o tapetão, uma solução hondurenha no Brasil, descarada e surreal.

Duvidam? Eu não.

A direita e a extrema-direita usando como sempre métodos sujos e anti-democráticos para chegar ao poder; lamento pelos social-democratas autênticos, o PSDB tornou-se de fato um partido de direita e a serviço vergonhoso da direita brasileira mais rasteira, e nem digo da direita que tem projetos e não se esconde mas daquela que se finge de cordeiro em pele de hiena, rastejando com réptil peçonhento na calada da noite para atacar covardemente a jugular da democracia do povo tupininquim.

Serra e seus auxiliares sabem que sua candidatura está afundado cada vez mais (por ex: partidários do PTB dizem que o apoio aos tucanos é coisa de Roberto Jeferson e não do partido como um todo, grande parte deles declararam voto e apoio a Dilma; o PP também declarou apoio à candidata escolhida por Luís Inácio).

Dona Cureau é de uma imparcialidade impar, nos meses de maio e junho "esqueceu" de se ater ao que chama de "propaganda indevida" quando os partidos que apóiam Serra fizeram a festa no horário destinado à inserção na mídia, eles simplesmente fizeram a campanha do candidato seguidas vezes, debochando da legislação eleitoral vigente, que a Exma. Vice Procuradora diz tanto se preocupar que seja cumprida "por todos"... ou não teve tempo de ler os jornais e revistas, já que baseia seus autos de prováveis processos em recortes impressos e trechos áudio-visuais da nossa impávida e hiper-imparcial big-press.

Já quando se trata de uma "denúncia" saída da mídia contra Lula e/ou Dilma, acusando de estarem ele ou ela fazendo uso da máquina com fins eleitorais, a vigilante magistrada sempre encontra um tempo para analisar "com carinho" o ocorrido e externar sua opinião nos microfones e câmeras em horário nobre... e até agora em todas as vezes que analisou os fatos envolvendo Luis Inácio e sua candidata foi rápida em dar pareceres que coadunam a acusação de "propaganda indevida".

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Lula e o povo, a mídia a "linguagem chula"

Extraído do blog de Eduardo Guimarães:

"Linguagem popular de Lula escandaliza a elite

Novamente, Lula choca a elite com seu linguajar popularesco, com sua identidade brasileira, com a espontaneidade com que se pronuncia. Sobre a proibição de pais aplicarem qualquer tipo de castigo físico aos filhos, Lula sintetizou o que pensa de uma criança apanhar de seus responsáveis legais: “Dói pra cacete”.

Escândalo! Infâmia! Incompatível com o cargo! Como um presidente pode usar “cacete” como superlativo? Ainda se fosse como substantivo, referindo-se a um bastão, poderia ser aceito, no limite da boa vontade com o vernáculo. Mas no sentido superlativo, não. “Pra cacete” lembra outra expressão mais popular ainda e tragicamente chula, pois diz respeito ao órgão sexual masculino.

Vocês, homens e mulheres comuns, de carne e osso, falam assim. Mas não na condição de presidentes da República, dirão os almofadinhas empertigados da imprensa, que se acham verdadeiros lordes, cada um deles se acreditando mais erudito, mais visionário, mais capacitado do que qualquer outro ser humano. Verdadeiros presentes para a humanidade.

É o cacete! Lula é povo, meus caros. É um de nós, que dizemos palavras como “cacete” e “merda” sem acharmos que, com isso, estaremos chocando alguém. Porque no Brasil brasileiro, as pessoas falam assim. Inclusive esses almofadinhas, depois da segunda dose. Daí esqueceram a pose – eles precisam de álcool para virarem seres humanos.

Ah, então presidente não pode dar uma declaração pública usando a palavra “cacete”? Danem-se! Quem decide se a forma de o presidente se manifestar foi adequada ou não é o povo, são os eleitores, e eles acham que presidentes podem falar “cacete”, sim senhor, contanto que lhes melhorem a vida e que estejam próximos ao povo, como Lula.

Essa gente odeia o povo. Não gosta da cor, não gosta do cheiro, não gosta dos traços físicos, não gosta das vozes, não gosta de nada que seja popular, porque o “must”, para esses babacas, é a cultura européia, são as músicas americanas, são aqueles convescotes insossos em que se entra com fome e se sai com fome. E entediado até a raiz dos cabelos.

Eles não entenderam nada. Eles não sabem o que o povo quer. Eles pensam que sabem, mas nem imaginam. O povo quer fazer aquele churrasco cheio de colesterol e tomar a sua cachacinha depois de uma semana de trabalho duro. Quer trocar a geladeira da patroa e quer ver seus filhos entrarem na universidade.

O povo está realizando sonhos, e está realizando porque tem um de seu meio governando o país. Alguém que o povo entende o que fala e que se um dia encontrar irá lhe dar um abraço sem torcer o nariz. Que se deixará tocar e que tocará. Que não se enjoa com colônias baratas e que não sente dor de cabeça ao ouvir vozes um tom que seja acima do sussurrante.

Eles não entendem nada disso. Em troca de realizar sonhos, oferecem ao povo leis draconianas contra fumantes, os quais não incomodam em nada quem tem que se espremer de segunda a sexta por duas horas num coletivo ou num trem de subúrbio cheio de axilas com desodorante vencido.

Lula até poderia se portar como se estivesse no Palácio de Buckingham, se quisesse. Mas não quer e não precisa. O povo gosta de se ver na Presidência. Por isso, talvez nunca mais surja outro político como Lula. O que se espera é que, depois dele, para chegar ao poder os políticos é que tenham que se amoldar ao povo. Não só na linguagem, mas também nos interesses."

Fonte: http://www.blogcidadania.com.br/2010/07/linguagem-popular-de-lula-escandaliza-a-elite/

Linguagem chula é chamar aposentado de vagabundo, chamar diariamente o Presidente da República de apedeuta e bebum...

Linguagem chula é publicar uma charge (Josias de Sousa e Nani na Folha de São Paulo em 08/07/2010)  comparando Dilma Roussief com uma prostituta, ou puta mesmo como a idéia do contexto do desenho do cartunista deixa no ar...

Linguagem chula é esconder da grande maioria do povo brasileiro o que de fato está acontecendo com a nossa economia, pungente e a todo pique com milhares de empregos formais sendo gerados mensalmente...

Linguagem chula é insinuar um Golpe de Estado, via tapetão eleitoral, com a complacência de togados pra lá de parciais, pela via da impugnação da candidata apoiada por Lula com a justificativa dantesca de "propaganda indevida" por parte de Luis Inácio...

Linguagem chula é a manipulação do povo com novelas de cunho racista e elitista, com telejornais que distorcem as notícias em prol de uma elitizinha pseudo-intelectualizada e entreguista até a medula...

Linguagem chula é a nossa "imparcial" mídia clamar pela liberdade de imprensa e de opinião usando essa mesma liberdade para conspirar contra um governo apoiado por mais de 80% da população brasileira e não publicando o contraditório nos seus tais "foruns de discussão"...

Linguagem chula é ir, na contramão da história, contra os anseios do povo brasileiro!

sábado, 10 de julho de 2010

Os vários turnos para Dilma Roussef

Eleição em vários turnos para Dilma, vejamos:

- O teto eleitoral de 15% (Montenegro do Ibope, remembers?);

- Luis Inácio não tranfere votos, o povo não vai engolir o "poste sem luz" do "pinguço" de Garanhuns;

- A ficha falsa na Folha... Dilma: a implacável assaltante, sequestradora e terrorista... um span criminoso que virou 1ª página;

- Zé Agripino e aquela tentativa de interrogatório (tiro que saiu pela culatra) no Senado;

- Lina Vieira e a tal agenda que nunca apareceu;

- Os adjetivos da Veja, antes - durante - e avante: ardilosa, mentirosa, autoritária, mandona, irresponsável (by Augusto Nunes);

- A candidatura em "permanente crise", desde os gregos, segundo os próceres da nossa imparcial big-press escrita, falada, televisada e interneteada;

A lista ficará em aberto até 31/10/2010.

Motivos para não votar em José Serra

Desculpem serristas de plantão:

não quero para meu filho um futuro incerto, pelo menos nos próximos 4 ou 8 anos...

não quero delegacias de polícia, roviárias e aeroportos privatizados...

não desejo que instalem pedágios suntuosos ao longo da BR-101 Nordeste,
pois adoro ir de Natal a Salvador de carango sem parar pra pagar taxas abusivas às concessionárias...

não quero ser chamado de vagabundo quando me aposentar lá pelos idos de 2018...

não quero o BB conhecido como Bank of Brazil, e muito menos a minha, a nossa BR como uma Petrobrax qualquer...

não desejo que qualquer brasileiro tenha que tirar os sapatos quando tiver que entrar nos EUA,
nem que meu ou minha representante máxima tenha que discursar em inglês ou francês para satisfazer o ego
de uma parcela de brasileiros subservientes e pseudosintelectualizados...

não concordo com a teoria de que nordestinos ou nortistas sejão responsáveis pelo baixo rendimento da
educação no Estado de São Paulo, como quer fazer crer o ungido pela mídia e pelos homens bons...

não acredito no canto de sereia neo-liberal do tal Estado Mínimo, ou nanoestado quando essa torpeza evolui mais ainda...

e muito menos na falácia do Mercado de Capitais como uma divindade suprema e intocável...

E ademais, Simon Bolivar pra mim foi um herói latino americano... assim como foram também Virgulino Ferreira (Lampião), Antônio Conselheiro, Ana Guadalupe Martinez (personagem chave da Revolução Salvadorenha) , Yara Yavelberg, Carlos Lamarca, Bacuri e tantos outros companheiros de Dilma Roussef que sucumbiram sob as mãos tenebrosas da ditadura.

sábado, 3 de julho de 2010

Brasil e Holanda - repete-se 1974

Um Didi e um Mané Garrincha fazem falta desde 1974, enquanto nós, os brasileiros, ficarmos nessa de acreditar que somos os únicos a jogar bem o futebol, levaremos tromba, sempre, isso porque os barões da mídia e os patrocinadores ensinaram maliciosomente ao povo a comemorar expextativas e não os resultados, milhões ficam entorpecidos diante do ufanismo de narradores e comentaristas futebolísticos e quando um resultado negativo se apresenta acontece essa cartase generalizada. Ficam os babões buenos, juniors e casagrandes da vida vociferando que somos os "melhores" os "deuses da bola" e pá pá pá e a imensa maioria vai na conversa.

O que temos tido desde o pós anos 70 é um bando de jogadores de uma cena só e milionários que vão jogar pela seleção não por amor à camisa mas por pura conveniência, o palco da Copa do Mundo é uma ótima vitrine para novos contratos em times europeus ou renovação com verbas mais polpudas, são jogadores que obedecem mais ao clube onde jogam do que ao dever de defender com garra e sentimento a nação brasileira.

Defendo uma cláusula de barreira na convocação da seleção: 75% deveriam ser de atletas que estivessem atuando em território nacional. Querem jogar na Europa? Pois bem, pessam repatriação, vão lá defender a camisa da Espanha, de Portugal, da Alemanha, do Pais de Gales, de Luxemburgo, do Principado de Mônaco e do escambau; garanto que nas peladas de várzea Brasil a fora temos craques e mais craques loucos pra defender o verde-amarelo-azul e branco da camisa com muito mais amor, suor e sangue.