domingo, 20 de outubro de 2013

Nós os petroleiros e um sentimento de traição

Publicado no site do SIDIPETRONF:


"Petroleiros de P-33 enviam carta aberta aos presidentes

19/10/2013 - 20:19
Leia a integra do documento que protesta contra a venda do campo de Libra enviada pelos grevistas em cárcere privado a bordo de P-33 
Plataforma Petrobras XXXIII – P-33, 19 de outubro de 2013 
Ao nosso leitor:
Os petroleiros da P-33 se dirigem a você para relatar que a algum tempo, nos ensinaram que o futuro do Brasil se faria com lutas. Naquele tempo, estas lutas não passaram de sonhos, mas hoje, se transformam em pesadelo. Um dia me chamaram para derrubar FHC. Um dia me chamaram para combater a corrupção. Um dia me chamaram para fazer feliz o povo brasileiro. Também houve um dia, que me chamaram para defender a Petrobras.
O PETRÓLEO É NOSSO! Bradavam nosso lema. E hoje estes mesmos senhores que nos inspiravam com belos ideais, colocam tanques de guerra nas ruas numa inversão de valores que não cabe em nossas consciências. 
À Presidente Dilma Rousseff:
Nós petroleiros da P-33 viemos te pedir, te implorar, que honre seu passado. Passado que foi passado à limpo, não com um rolo de papel higiênico, mas com torturas dentro do regime militar, defendendo a liberdade social e de expressão, que com força truculenta as polícias do exército tentam nos calar. A senhora hoje está fazendo justamente o contrário que nos ensinou. Nós, os petroleiros, fomos punidos por FHC, pelos tribunais de instancias trabalhistas, e hoje muitos de nós com 30, 40 anos de Petrobras, nos assombramos em ver estas cenas se repetindo nos dias atuais.
Não seja o algoz dos brasileiros, entregando nossa fortuna em mãos de estrangeiros. Imagine a senhora, quando nossos filhos nos perguntarem: Pai, é esta mulher que um dia você me disse que foi torturada, presa pela ditadura militar defendendo os ideais de luta pelo Brasil? Aquela que combateu os tanques de guerra do FHC na luta pela defesa de Petrobras? Quando eu era pequeno vi o senhor chorando emocionado em frente da TV nos discursos do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, era esta senhora que estava ao lado dele? Quando meu filho me encarar nos olhos, terei a hombridade de dizer que sim, mas que nunca imaginei que a traição chegaria a tal ponto. Irei para as ruas defendendo aquilo que é o seu futuro e o futuro do Brasil. Sra. presidente Dilma, coloque a mão na consciência. Não venda o campo de Libra!
Ao Sr. Ex-Presidente Luís Inácio Lula da Silva:
Não faça do povo brasileiro e dos petroleiros massa de manobra! Não nos venda para o capital estrangeiro. E que se transforme no espelho que um dia transformou nossas vidas, balizado também em seu passado. Entre também Sr. Presidente com uma ação de liminar em nome do PT e mostre o que o Sr. nos ensinou. Não jogue na lixeira das consciências de quem um dia acreditou no seu projeto para o Brasil. 
 À Presidente Dilma Rousseff:
Nós petroleiros da P-33 viemos te pedir, te implorar, que honre seu passado. Passado que foi passado à limpo, não com um rolo de papel higiênico, mas com torturas dentro do regime militar, defendendo a liberdade social e de expressão, que com força truculenta as polícias do exército tentam nos calar. A senhora hoje está fazendo justamente o contrário que nos ensinou. Nós, os petroleiros, fomos punidos por FHC, pelos tribunais de instancias trabalhistas, e hoje muitos de nós com 30, 40 anos de Petrobras, nos assombramos em ver estas cenas se repetindo nos dias atuais.
Não seja o algoz dos brasileiros, entregando nossa fortuna em mãos de estrangeiros. Imagine a senhora, quando nossos filhos nos perguntarem: Pai, é esta mulher que um dia você me disse que foi torturada, presa pela ditadura militar defendendo os ideais de luta pelo Brasil? Aquela que combateu os tanques de guerra do FHC na luta pela defesa de Petrobras? Quando eu era pequeno vi o senhor chorando emocionado em frente da TV nos discursos do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, era esta senhora que estava ao lado dele? Quando meu filho me encarar nos olhos, terei a hombridade de dizer que sim, mas que nunca imaginei que a traição chegaria a tal ponto. Irei para as ruas defendendo aquilo que é o seu futuro e o futuro do Brasil. Sra. presidente Dilma, coloque a mão na consciência. Não venda o campo de Libra!
Ao Sr. Ex-Presidente Luís Inácio Lula da Silva:
Não faça do povo brasileiro e dos petroleiros massa de manobra! Não nos venda para o capital estrangeiro. E que se transforme no espelho que um dia transformou nossas vidas, balizado também em seu passado. Entre também Sr. Presidente com uma ação de liminar em nome do PT e mostre o que o Sr. nos ensinou. Não jogue na lixeira das consciências de quem um dia acreditou no seu projeto para o Brasil. 18 de outubro de 2013 Página 2
Sra. Presidente Graça Foster:
A Sra. nos faz lembrar um passado recente, onde a categoria petroleira, defendendo um patrimônio público nacional. Nossa categoria enfrentou os canhões e revólveres na Av. República do Chile, quando FHC assaltou o 12º andar da Petrobras, roubando todos os dados de estudos e mapeamentos geológicos que a Petrobras detinha, alegando precisar de subsídios para a fundação da Agencia Nacional de Petróleo. Hoje, estes mesmos canhões se encontram nas ruas direcionados para nossas cabeças, direcionados para as cabeças do povo brasileiro, impondo grande prejuízo à nação como nas grandes ditaduras dos países de terceiro mundo. A Sra. presidente deveria ter ao menos hombridade, e a qualquer custo, até mesmo com sacrifício que nós petroleiros temos a capacidade de realizar, ou utilizando o lucro acumulado da Petrobras, e recompre aquilo que já é nosso. A Sra. tem a oportunidade de entrar para a história como uma das maiores empreendedoras que esta companhia já teve. Mostre que a Petrobras tem corpo técnico capaz de desenvolver o campo de libra. Devemos utilizar a riqueza que pertence ao povo brasileiro, e mostrar nosso orgulho de ter uma presidente empreendedora capaz de utilizar o orçamento de uma empresa para possibilitar a transformação de um país.
Ao senhor José Eduardo Dutra:
Sabemos que o Sr. é o conselheiro da presidência da Petrobras. Sabemos de suas lutas dentro do PT pelos ideais da soberania nacional. O Sr. conhece muito bem os mecanismos que regem o sistema BR. Nosso passado de luta que o Sr. mesmo reconheceu quando readmitiu aqueles perseguidos por FHC, anistiando os petroleiros da grande greve de enfrentamento de 1995. Por conhecer sua história, nós petroleiros te pedimos mais um favor: Interceda no ato da venda do Campo de Libra, para que o mesmo fique nas mãos da Petrobras. Mostre a nós petroleiros, filiados ou não ao PT, que aqueles ideais que vocês nos ensinaram ainda estão vivos. Estamos perplexos com o rumo que o governo tem dado a situação, ficando anestesiados a ponto de não reagirmos.
Não ficaremos calados! A resposta virá em breve." 
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Traídos e profundamente desapontados.
É exatamente assim que nós, os petroleiros, estamos nos sentindo nesse momento: covardemente traídos e apunhalados pelas costas por Lula e por Dilma Rousseff, ele por não se pronunciar sobre esse crime que se está cometendo com relação ao Campo de Libra (quantos e quais mais no futuro?), ela por está desdizendo tudo aquilo que afirmava até pouco tempo, a noção e defesa da soberania brasileira jogadas no ralo das desculpas esfarrapadas da necessidade de pressa na operação dos campos, implicitamente dizendo ao povo que nós e a Petrobrás não temos condições técnicas e humanas de colocá-los pra funcionar adequadamente e no prazo que o Brasil requer, numa palavra, esse governo está dizendo que nós, os petroleiros brasileiros, somos, num certo sentido, incompetentes.
É duro constatar isso Sr Luis Inácio e Sra Dilma Rousseff, mas lembrem-se, a História é um dos juízes mais pacientes e implacáveis que existem e não costuma premiar a traição dos povos.

O leilão do Campo de Libra (quantos e quais mais no futuro) é um crime de lesa-pátria.

E mandar uma Força Nacional de segurança para garantir, com uso da força se necessário, o tal leilão é mais que traíção, é um tiro calhorda na nossa história de lutas pelo petróleo e em defesa dos governos petistas desde 2003.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

O PSB no RN e um novo conceito de lealdade e socialismo

Do blog de Lairinho, uma licão moderna de traição e deslealdade:

"Lideres do PSB no RN reafirmam forte atuação do partido

(A) Em um discurso harmonioso, os principais líderes do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no Rio Grande do Norte reafirmaram a forte atuação do partido em todo o estado. O posicionamento de deputados estaduais, vereador e prefeito que representam a legenda no território potiguar se deu nesta sexta-feira (11) durante o 2º Encontro Estadual do PSB/RN em Mossoró. 
Com as galerias e plenário da Câmara Municipal lotados, o pronunciamento da mesa de autoridades do 2º Encontro Estadual do partido foi aberto pelo vereador de Mossoró, Lairinho Rosado, presidente da legenda na cidade. Em sua fala, o parlamentar destacou que "É no caminho da mudança que agente se encontra", se referindo ao modelo de gestão do PSB.
Em seguida, o prefeito de Carnaubais, Luizinho Cavalcante, falou sobre a sua trajetória política e atuação dentro do PSB. "Nossa gestão é de resultados. Pois, administramos ouvindo a população", afirmou ele. O deputado estadual Tomba Farias ressaltou que a importância da presença do presidente nacional do partido,  Eduardo Campos, no evento. “A vinda de Eduardo Campos para Mossoró fortalece cada vez mais o partido no estado para que possamos lutar por um país melhor.”
Deputadas estaduais 
 A sequencia de pronunciamentos das lideranças do PSB no RN contou com a fala da deputada estadual, Márcia Maia, que parabenizou o atual momento vivenciado pelo partido à nível nacional. "Eduardo Campos é o governador mais bem avaliado de todo o país por ter um trabalho diferenciado, planejado e com metas sociais."
 Em sua fala, a também deputada estadual Larissa Rosado chamou a atenção para a presença de diferentes partidos no evento, o que, segundo ela reflete a união promovida pelo PSB. "Nosso caminho será trilhado juntos", afirmou ela, acrescentando que “O jeito do PSB governar é feito com transparência e com participação popular que resulte em uma administração mais forte."
   
ResultadosNa mesma sintonia, a presidente estadual do PSB/RN, a ex-governadora Wilma de Faria, parabenizou a presença de Eduardo Campos. "Estamos aqui para receber um grande homem, um homem de valor que nos ensina a fazer uma oposição responsável comprometida com todo o estado”, asseverou, chamando a atenção para a destacada atuação de políticos do partido no território potiguar. “Nossos políticos são comprometidos com a população e trabalham por melhorias para o povo."
E antes do pronunciamento de Eduardo Campos, a deputada federal, Sandra Rosado, enfatizou o caminho da mudança que está sendo construído pelo PSB. "Nosso partido está levando uma palavra de compromisso, de ação, de um partido que se reafirma com governos mais bem avaliados do país”, disse. “Estar no PSB me honra e me dá a sensação que estou há 60 anos”, acrescentou.
"
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Esse é caminho então Lairinho?

Apunhalar Lula e Dilma pelas costas depois de toda essa onda "socialista" sua, da Sandra e da Larissa Rosado.

Que socialismo é esse que aceita ate Jorge Konder Bornhausen e Ronaldo Caiado como aliados "programáticos", seria um socialismo pós moderno e pós Karl Marx? 

Aliás, vocês, os donos do PSB (ai também inserida a Sra Vilma de Faria)  consultaram a Luiza Erandina sobre esses "novos tempos" do partido, ou ela foi simplesmente descartada como opinande nesse conjunto recente de decisões da agremiação?
  
A História meu caro, é um dos juízes mais implacáveis e pacientes, de pessoas e de atitudes.


Médicos coxinhas... até quando?

Pescado do PHA:

"Publicado em 15/10/2013

Médicos receitam voto contra Dilma.
Viva o Brasil !

Padilha vem aí de jaleco branco !


Saiu no Globo:

Médicos são orientados a pedir votos de pacientes contra Dilma

Associação insiste em proibir trabalho de profissionais estrangeiros

Letícia Fernandes

RIO – Em reação à aprovação da medida provisória que criou o programa Mais Médicos, as entidades que representam esses profissionais de Saúde preparam uma ofensiva nacional na campanha de 2014 contra a presidente Dilma Rousseff, sobretudo na população de baixa renda. Segundo o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso, a maior parte dos médicos vai influenciar o eleitorado de forma indireta, sem recorrer à participação partidária. Para ele, o importante é marcar uma posição antigoverno.

- Um número muito grande de médicos que nunca se envolveu em eleições está determinado a se envolver, mas influenciando, não se candidatando. É muito comum os pacientes perguntarem para a gente, em período eleitoral, em quem vamos votar, principalmente nas regiões menos favorecidas. Há um movimento grande da classe médica para participar da política dessa forma. Não é o candidato A ou B, o sentimento é escolher um candidato que, certamente, não será a presidente Dilma – disse.

(…)

Além disso, há um movimento de filiações em massa dos médicos a partidos de oposição, principalmente ao PSDB e ao DEM. Segundo a AMB, pelo menos 300 médicos já se filiaram ao PSDB do Ceará, a convite do ex-senador tucano Tasso Jereissati (CE). No Mato Grosso do Sul e em Goiás, o DEM já articula um número grande de filiações até novembro. O deputado Luiz Henrique Mandetta (MS) trabalha junto ao líder do partido na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), para fazer um ato político e filiar, em um dia, cerca de mil profissionais.

(…)"

Lula, mais vivo que nunca. Que venha 2014!



Pescado do PHA:
 
"Publicado em 14/10/2013

Lula: tiraram a CPMF e
eu saí com 87% de apoio

A ALCA era para tornar a América Latina um mercado cativo para os Estados Unidos



O Conversa Afiada reproduz, da Carta Maior, entrevista do Nunca Dantes ao jornal Pagina12, da Argentina.

Como se sabe, quem tirou a CPMF foi a soma da FIE P (*) com o Príncipe da Privataria, aí homenageado pelo Bessinha.

Lula diz que Dilma é a mais preparada para aprofundar as mudanças e impedir retrocessos

Pouco antes de partir para Buenos Aires onde vai participar de uma conferência sobre a responsabilidade dos empresários, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com o jornal sobre Cristina, o não à ALCA , as novidades da política brasileira com Marina Silva aliada ao PSB , os protestos de junho e a importância da integração sul-americana.

Visivelmente, parece não haver uma vigilância especial no edifício modernista pintado de branco na Rua Pouso Alegre 21, no bairro do Ipiranga em São Paulo. Nem mesmo parece um escritório abarrotado de assessores. A recepcionista que ofereceu o cafezinho, com menos de 30 anos, sorri. Em um corredor pode tropeçar em um ex-ministro que está fazendo política, mas agora desfruta de um escritório longe do ritmo esgotante do Planalto, a Casa Rosada do Brasil. Anteriormente, o Instituto no bairro Ipiranga, foi chamado de Cidadania. Agora, simplesmente chamado de Instituto Lula, como seu chefe, que ocupou oito anos na presidência, e está a ponto de completar 68 anos de idade no próximo dia 27, ainda ativo, muito ativo, dentro e fora do Brasil.


Você está preocupado com a saúde de Cristina?

Nossa primeira preocupação é com o pleno restabelecimento de uma grande amiga e líder política. Cristina Kirchnner não é importante apenas para a Argentina, ela é importante para toda a região. Mas eu tenho plena confiança de que ela se recuperará rapidamente.


Em sua última visita a Argentina, você propôs formular uma doutrina de integração. Qual seria o foco principal?

Os conservadores tentam negar esse fato, mas a América do Sul avançou muito nos últimos 10 anos. Todos os nossos países vivem a democracia, crescem e se desenvolvem com distribuição de renda e inclusão social. A região é hoje muito mais soberana e respeitada no mundo. O Mercosul, apesar dos seus inimigos, está vivo e funcionando. Criamos a Unasul e a Celac. Mas é claro que a nossa integração pode – e deve – ser muito mais profunda e abrangente. Estou convencido de que, para isso, não bastam as visões de curto prazo. Precisamos de um pensamento realmente estratégico que enfrente os problemas estruturais da integração, que apresente soluções para os desafios da integração física, energética, produtiva, sócio laboral, cultural, ambiental, financeira etc. Temos que ir além dos governos. Envolver a sociedade civil, os sindicatos, os empresários, a universidade, a juventude.  Trata-se de construir uma vontade popular de integração. O fundamental é que todos entendam o quanto podemos ganhar coletivamente, na economia, na política, na igualdade social, na vida cultural, quanto mais nos integrarmos e fortalecermos as parcerias entre nossos países. Tenho me dedicado bastante a essa reflexão, em diálogo com os setores progressistas da região.


Você acha que hoje a relação entre a Argentina e Brasil tem uma política intensa adequada ou deve ser mais profunda ?

Eu acho que a nossa relação viveu, nos últimos 10 anos, o melhor período da sua história. Mas com certeza, pode ser  ainda mais forte. No plano politico, temos um excelente diálogo. Mas podemos ampliar – e muito – a integração física, cultural, de cadeias produtivas, de turismo. Precisamos agora de mais estudantes brasileiros nas universidades argentinas, e mais argentinos nas universidades brasileiras, mais turistas argentinos conhecendo o Brasil, ainda mais brasileiros tendo oportunidade de conhecer e viajar à Argentina, mais empresas dos dois países associadas para atuar em terceiros mercados. O potencial daquilo que podemos fazer trabalhando juntos só começou a ser explorado. É importante termos clareza disso.


O que mudou para a América do Sul a “não” formação de uma Aliança de Livre Comércio das Américas em novembro de 2005?

Foi fundamental em 2005, barrarmos aquela proposta da Alca, em Mar del Plata. Ela não era de verdadeira integração, mas sim de anexação econômica. Afirmando a sua soberania, a América do Sul buscou um caminho próprio e muito mais construtivo. Ao invés de um mercado cativo para os Estados Unidos, como estava previsto na Alca, hoje buscamos um mercado compartilhado, em benefício do desenvolvimento de todos os países da região. Acho que tanto nas políticas econômicas quanto nas relações internacionais a região tem conseguido trabalhar de forma conjunta ao mesmo tempo em que respeitamos a soberania de cada país. E isso pode parecer óbvio, mas é uma grande conquista quando analisamos a história da América do Sul. Se não tivéssemos evitado a Alca, a região não teria dado o salto social e econômico que deu na última década. Argentina, Brasil e Venezuela tiveram um papel central nesse processo. Nestor Kirchner e Hugo Chávez foram grandes aliados nesse processo.


Cada um à sua maneira, os países da América do Sul lutaram contra a pobreza e a miséria extrema. Como se pode acelerar a luta contra ambas realidades?

Tenho defendido, em todos os debates que participo que é fundamental os governos incluírem os pobres no orçamento. Porque os mais pobres muitas vezes não são capazes de se organizar nem para se manifestar. Não tem sindicato, nem partido. Quando chega o orçamento todos estão lá menos os pobres: os militares, os diplomatas, a infraestrutura…menos os pobres. Então é necessário incluir os mais frágeis, os que mais precisam do Estado, no orçamento. Outra coisa é que precisamos parar de tratar o dinheiro para o social como gasto e o dinheiro para o rico como investimento. Porque os economistas são incríveis. Dinheiro para ajudar a instalar uma indústria é investimento. Mas dinheiro para dar emprego, segurança alimentar, educação, hospital, para as pessoas saírem da pobreza, é chamado de gasto. E quanto custa a doença, a fome, a pobreza? Quem calcula isso? Então ao invés de verem os pobres como um problema, é preciso enxergá-los como parte da solução. Se dermos recursos aos mais pobres, eles viram consumidores e fazem a roda da economia girar. Se dermos oportunidades aos mais pobres, eles viram trabalhadores.  Se entendermos isso, veremos que podemos erradicar a pobreza extrema em nossos países e também em todo o mundo.


O que os governos devem fazer com as novas demandas como as reivindicações de melhora na política de saúde e de transporte público? As manifestações em junho surpreenderam o Partido dos Trabalhadores?

Em certo sentido, surpreenderam sim. Já que o país avançou de modo extraordinário nos últimos anos. Mas as manifestações foram um alerta importante para nós. Elas impedem qualquer risco de acomodação. Incitam-nos a fazer ainda mais. Até porque um povo que conseguiu tantas conquistas, no período recente, é natural que queira mais. Milhões de pessoas tiveram acesso ao ensino superior, e agora querem empregos qualificados. Passaram a contar com serviços públicos de que antes não dispunham, e agora querem que eles tenham melhor qualidade. Milhões de brasileiros puderam comprar o seu primeiro carro e hoje também viajam de avião. A contrapartida, no entanto, deve ser um transporte público eficiente e digno, que reduza o trânsito, tornando mais digna a vida nas grandes cidades. É uma nova geração, mais educada e exigente e isso é muito bom. Eu acho que o povo tem mesmo que exigir mais. E cabe a nós, políticos, ouvir essas demandas e trabalhar ainda mais.


Você considera que o PT e o governo reagiram a tempo?

Eu acho que a presidenta Dilma Rousseff teve uma sensibilidade extraordinária. Ela fez cinco grandes propostas para atender as vozes das ruas: um plebiscito pela reforma política; mais recursos para o transporte nas grandes cidades; destinar os novos recursos do petróleo (o chamado pré-sal) para a educação; garantir médicos na periferia das grandes cidades e em todas as regiões do interior; e intensificar o combate à inflação. De lá para cá eu vejo que a população entendeu e está valorizando os esforços da presidenta e que a solução para esses problemas se dará progressivamente. Eles exigem muito trabalho e recursos. A saúde por exemplo. A oposição ao meu governo acabou com um imposto, tirando 40 bilhões de reais por ano da saúde, achando que ia me prejudicar. Mas eles não prejudicaram a mim, que terminei o governo com 87% de aprovação; prejudicaram o povo brasileiro, que precisava daqueles recursos para ter um melhor atendimento, acesso a exames e medicamentos mais complexos. É parecido com essa lamentável intransigência da oposição americana ao projeto para a saúde proposto pelo presidente Barack Obama.


Lula presidente nas eleições de 2014 é uma opção absolutamente descartada?

Minha candidata à reeleição em 2014 é a presidenta Dilma Rousseff. E eu serei um militante dedicado da presidenta. Porque eu tenho a seguinte convicção: assim como meu segundo mandato foi muito melhor que o primeiro, o segundo mandato da Dilma também será.


O que você espera da revisão judicial no processo chamado Mensalão?

Como o processo ainda não foi finalizado, eu, na condição de ex-presidente, não tenho me pronunciado sobre o julgamento.


Qual será a base da relação entre o Brasil e os Estados Unidos depois da espionagem à Dilma e a suspensão da visita de Estado a Washington, marcada para este mês?

São muito graves os atos de espionagem contra os chefes de Estado, não só do Brasil, mas também do México, e autoridades e governos de muitos outros países. Não podemos aceitar como normal interceptação de telefonemas e a invasão da correspondência reservada dos Presidentes da República de países amigos. Foram ações que feriram nossa soberania e os princípios mais elementares da legalidade internacional. Acho que precisamos aguardar as explicações americanas sobre a espionagem, e um pedido de desculpas, que ainda não veio. O Brasil é um país que respeita e tem relações pacíficas com as outras nações do mundo, e quer ser respeitado da mesma forma. Eu acho que a presidenta Dilma Rousseff fez um grande discurso nas Nações Unidas, ao apontar que a internet, esta invenção maravilhosa que aproxima os povos do mundo, não pode se tornar um terreno de espionagem ou de Guerra.  Espero que outros países se juntem ao Brasil no esforço de uma melhor governança internacional da internet. E acho que provavelmente a maioria dos cidadãos dos países que praticaram essa espionagem concorda que é inaceitável invadir comunicações privadas de milhões de cidadãos, espionar empresas como a Petrobras ou a presidenta de um país amigo e pacífico.

Fonte: Instituto Lula , 14/10/2013.
A entrevista no site do jornal Página 12 está disponível em http://www.pagina12.com.ar/diario/elpais/1-231217-2013-10-14.html"
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Como em todas as vezes, Lula se mostra claro, limpo e objetivo nas sua sentenças… e é isso que deixa com urticária seus adversários (e por tabela, adversários do povo brasileiro).
Destaco a seguinte passagem:

“Lula presidente nas eleições de 2014 é uma opção absolutamente descartada?
Minha candidata à reeleição em 2014 é a presidenta Dilma Rousseff. E eu serei um militante dedicado da presidenta. 

Porque eu tenho a seguinte convicção: assim como meu segundo mandato foi muito melhor que o primeiro, o segundo mandato da Dilma também será.”

E que militante!!!

É provável que o PPS de Robert Freyry entre com um recurso noTSE querendo impedir o Lulão de participar dessa cruzada em 2014… aguardemos.
 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Marina, Eduardo Campos,a mídia e o projeto para destruir o PT

Pescado de Paulo Henrique Amorin:

"Publicado em 05/10/2013

Caiu a máscara:
Bláblárina é contra Bolívar

Bem que o Conversa Afiada sabia que o Eduardo era o Campriles


Saiu no Globo:

Marina diz que quer acabar com a hegemonia e o chavismo do PT na Presidência da República

BRASÍLIA – Numa reunião que terminou às 4h30m da madrugada deste sábado com muito choro, a ex-senadora Marina Silva comunicou a seus seguidores que seu sonho de ser presidente da República teria que ser adiado, e que seu projeto, agora, é acabar com a hegemonia e o “chavismo” do PT no governo. Acusada pelo deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) de ter um processo de decisão “caótico”, Marina chegou à reunião dizendo que tinha tomado uma decisão sem volta: seria candidata a vice na chapa presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e sua posição era inegociável. Na reunião, ela não ouviu, só falou. Mas depois houve uma choradeira geral. Marina então relatou sua conversa com Campos ao telefone:

- Eduardo, você está preparado para ser presidente do Brasil? Eu vou ser sua vice e estou indo para o PSB – contou Marina, relatando ainda que Campos ficou mudo, mas muito eufórico.

Ela disse que ia ouvir a todos, mas que não voltaria atrás, porque estava sem alternativa. Todos ficaram contra, cada um com seus argumentos. Seu braço-direito da vida inteira, Pedro Ivo batista, seu maior conselheiro, estava por fora do acordo.

- Eu fiz esse acerto com o Eduardo Campos porque chegou a um ponto que eu não tinha outra alternativa. E o PSB é um partido sério. A minha briga, neste momento, não é para ser presidente da República, é contra o PT e o chavismo que se instalou no Brasil – disse Marina.

(…)

Ainda no Globo Overseas:

Marina dá apoio a Campos para Presidência, mas não confirma se será vice

BRASÍLIA — Ao lado do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, Marina Silva e aliados anunciaram, na tarde deste sábado, a filiação de integrantes da Rede Sustentabilidade ao PSB. Marina deixou claro apoio à candidatura de Campos à Presidência da República, mas não confirmou se vai compor a chapa na vice-presidência. Quando perguntada se apoiava o nome do governador, ela respondeu com outra indagação:

— Você tem alguma dúvida em relação a isso? – disse ela, que depois afirmou:

— Não sou uma militante do PSB, sou militante da Rede Sustentabilidade, e a Rede ainda não fez essa discussão de se vai ter vice ou não vai ter vice. O PSB já fez sua discussão e tem um candidato.

(…)

No G1:

Eduardo Campos diz que Marina traz ‘voz das ruas’ ao PSB

Ex-senadora Marina Silva assinou ficha de filiação neste sábado (5).
‘Vamos andar o Brasil juntos, lado a lado’, disse Campos a Marina Silva.

O governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, afirmou neste sábado (5) que a ex-senadora Marina Silva traz “a voz das ruas” para o partido.
“Quem entendeu o que as ruas do Brasil em alto e bom som disseram, quem entendeu o que aconteceu no Brasil em junho, não tem nenhuma dificuldade de entender o que ocorre aqui hoje. O que ocorre aqui hoje é o desejo de discutir o Brasil. [...] Quero melhorar a politica, alguém que traga pureza, que traga a voz das ruas. Tenho clareza que nós aqui estamos recebendo a Rede no PSB para fazer aliança programática porque reconhecemos a Rede como algo necessáro para melhorar a política no Brasil”, discursou Campos.

(…)"
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Esse movimento de "endireitar-se" da Marina começou desde o dia em que ela apunhalou pelas costas Lula (e Chico Mendes por tabela) quando deixou o Ministério, exacerbou-se na campanha em 2010 com os apoios que ela recebeu das forças mais retrógadas desse pais, esse passo de agora é só a colocação da cereja no bolo, no caso o bolo canalha que não tendo propostas, nem mesmo idéias, alternativas para vencer o projeto PT-Lula-Dilma no plano federal parte para as piores baixarias possíveis, esse ataque a Simon Bolivar de certa forma é até positivo,despe Marina Silma dessa aura de santa-salvadora e avanço-sustentável que ainda ilude uma parcela de pessoas que ainda lhe dá algum crédito, eu já deixei de a levar a sério, como pessoa capaz de comandar essa nação, desde aqueles arroubos de criacionismo. 

Mas não nos iludamos, o inimigo está somando esforços, nada mais me surpreenderá, nem mesmo o Feliciano se filiar ao PSB, o jogo será nojento do lado de lá, Dilma-Lula... preparem teus fígados e mantenham a cabeça fria, os dias de paz-e-amor acabaram, até Outubro de 2014 será uma pauleira. 

E FHC está se tornando apenas nisso: num urubú sacrilégico a nos jogar as mais demoníacas pragas.

Há mais de uma semana que os escribas das folhas e óias de vida vêm dizendo que Dilma e Lula estariam desesperados depois desses inesperado "lance de mestra" de Marina Silva, desconfio que terão que redefinir, no Aurélio, a noção de desespero.