Marina e a baixaria contra Dilma (ou ela vai dizer que foi, novamente, um "mal-entendido")
"Maria Alice Setúbal, coordenadora do programa de governo de Marina Silva
(PSB/Rede), disse em entrevista à Folha e ao Uol que a presidente Dilma
Rousseff (PT) tem “incapacidade política” e que seu perfil de gestora
durona reproduz “uma liderança masculina”, que remete ao estereótipo do
"coronelismo brasileiro". Para a herdeira do Banco Itaú, Marina é o
oposto."
“Hoje, temos uma presidente cujo perfil é de gestão, pragmático,
racional. Talvez o oposto da Marina. E o resultado que nós temos é
bastante insatisfatório. (...) O principal problema de Dilma é a
questão política. Ela tem uma incapacidade de ouvir. (...) Acho que ela
não tem capacidade política. Ela desagrega. O século 21 é o século do
novo. Acho que Dilma reproduz uma liderança masculina. A Dilma é aquela
pessoa dura, que bate na mesa, que briga, que fala que ‘eu vou fazer, eu
vou acontecer, eu sei’. Isso é, no esteriótipo, do coronelismo
brasileiro”
Vamos analizar 3 pérolas de análise contidas em longa entrevista que a herdeira do Itaú deu a Folha de São Paulo:
"Ela desagrega. Acho que Dilma reproduz uma liderança masculina."
1) Desagregar, que traduzido pode significar "ela e esse tal de BRICS", temos que dar um basta nisso;
"O século 21 é o século do novo."
2) Século do Novo, já sei, o século da tal "sustentabilidade", desde
que esse palavra santa não interfira com a vida do Itaú, da Natura, da
Globo, dos mais ricos e, principalmente, com o desenvolvimento e modo de
viver dos EUA e Europa;
"Acho que Dilma reproduz uma liderança masculina - é aquela
pessoa dura. - Isso é, no estereótipo, do coronelismo
brasileiro."
3) "Dilma reproduz uma liderança masculina"... com a palavra os
marinistas, que já começaram com a choradeira de que Santa
Marina está sendo vítima de uma campanha de baixo nível por parte dos
eleitores e simpatizantes de Dilma e do PT. Que significa, para uma mulher, que já foi
torturada, é mãe, é avó e Presidenta ser premiada, por uma das coordenadoras
da campanha da tua candidata, com a cândida expressão "liderança
masculina"?
Nem vou comentar a razão de ser dessa senhora, herdeira do Itaú e o
fato de ser ela quem está, de fato, por trás da espinha dorsal (a
economia) da campanha de Marina.
________________________________________________________________
Mas, a mídia noticia que Luiza Erundina passou a coordenar a campanha, isso depois de Marina provocar, já nos primeiros dias, a saída de quadros históricos do PSB, entre eles o amigo pessoal e coordenador da campanha de Eduardo Campos antes do acidente aéreo que o matou.
Erundina na campanha de Marina é uma punhalada nas costas
dos que sofreram com ela durante o seu mandato como Prefeita de São
Paulo quando ela foi, um dia, filiada ao PT.
Na verdade, Marina não tem nada de inocente, vende aos eleitores a história de que Erundina é uma de suas conselheiras para dar um ar de legitimidade à sua passagem pelo PSB, Luíza é um quadro histórico da esquerda brasileira e servirá apenas como maquiagem para que os tais "sonháticos" (assim chamados os eleitores e simpatizantes marinistas) não acordem do sonho antes que ele se torne um tremendo pesadelo.
E ainda assim, o pragmatismo de Dilma e Lula são severamente criticados até mesmo entre pessoas ligadas ao PT.
Quero ver mesmo é o quanto de pragmatismo político Erundina vai ter que
praticar e engolir tendo nas fileiras "socialistas" figuras como
Bornausen e Heráclito Forte e, como pano de fundo e entusiasta
marinista, toda a bancada do Itaú, da Natura, da Globo e dos
"iluminados" que pregam o estado mínimo e o sufocamento de assalariados
(com a falácia da sustentabilidade e de que o pum dos bovinos polui
mais que monóxido da carbono) como saída para o "caos" em que o Brasil
se encontra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário