segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O ódio irracional de Lula, como entender?

"Lula é um político brasileiro com defeitos e virtudes. Se você não conseguir ver uma coisa ou outra é porque, certamente, a cegueira da paixão ou do ódio está tomando o seu corpo como um câncer.

O que se percebe no caso de Lula é que o ódio intenso tenta, sobremaneira, vencer o amor intenso. É uma luta. A luta entre o amor e o ódio a esse personagem da história
 brasileira.

Outros já experimentaram do mesmo fel. Mas não sei se há concorrentes para Lula. Talvez nem Getúlio.

Quantitativamente, Lula está em vantagem. Mas os odiadores acreditam que seu ódio seria de melhor qualidade, uma espécie de crème de la crème do ódio - um ódio insuperável por qualquer amor de multidões.

É um ódio cultivado com gotas de ira diárias nas páginas dos jornais. E de revistas. Cultivado com olhos de sangue, faca entre os dentes, espinhos nas pontas dos dedos.

Só nos últimos meses, Lula já "esteve" por trás do relatório do CPI da Cachoeira, teve caso com a mulher presa na última operação da PF, já tentou adiar o julgamento, já produziu provas para se vingar de Perillo (porque ele teria sido o primeiro a avisá-lo do mensalão), já tentou subornar Deus para que terminasse a obra no domingo.

A paixão amorosa conhecemos bem. Vem daqueles que se identificaram com ele e com ele conseguiram ser lembrados pela primeira vez na história da política brasileira: seja pelos programas sociais, seja pela ascensão econômica, ou até simplesmente pelas características pessoais, culturais e linguísticas. Vem também do louvor à camisa, ao vermelho da camisa do PT.

Mas encontrar representantes do ódio não é tão difícil também. E, como qualquer sentimento que desafie a racionalidade, eles encontrarão justificativas em qualquer coisa.

Mesmo que o ódio se disfarce de termos falsamente conceituais (lulo-petismo, lulo-comunismo, lulo-qualquercoisismo), o ódio a Lula não é um ódio-conceito. Não é abstrato. É material. Corpóreo. Figadal. Biliar. Visceral.

Também não é ódio consequência. Não é um "ódio, porque..." É um "ódio ódio", um ódio em si mesmo, um ódio singular absoluto, que se disfarça de motivos: linguísticos, culturais, morais, econômicos, etc, mas sempre ódio.

Lula já foi acusado de trair a mulher, de violentar o companheiro de cela, de roubar o Brasil, de pentecostalizar a África, de fortalecer "ditaduras" latino-americanas, africanas, asiáticas, de se curar do câncer em hospital particular (sim, uma acusação), de assassinar passageiros de avião, de dar o título à Vila Isabel, de provocar a fuga do vilão no final da novela das oito; já foi acusado de dançar festa junina, de beber vinho caro, de torcer para o Corinthians, de comer buchada de bode, de ter amputado o próprio dedo para receber pensão, de ter a voz rouca, de ser gente, de estar vivo, de ter nascido...

Só um conselho para os odiadores: o inverso do amor não é o ódio, mas a indiferença. No caso em questão, o ódio só acentua e inflama a paixão daqueles que, em maioria dos votos, acabarão levando vantagem.

Sejam indiferentes a Lula, e a história se encarregará de fazer o resto."

por Weden, no blog do Nassif

"O ÓDIO DE CLASSE CONTRA LULA

O ódio contra Lula é um ódio de classe. As leituras que o entendem como um ódio simples, produto de amores não correspondidos, ódio irracional ou, como colocam alguns analistas, ódio-ódio deixam de considerar este ódio criticamente, no contexto ideológico, político, social e histórico que o produz. No contexto ideológico, o Lula é odiado porque não tem diploma de nível superior, não fala inglês, nem francês, nem alemão, não é culto e literato, é portador de uma linguagem simples e direta, que desdenha dos discursos elaborados das elites pátrias que servem para mascarar os problemas sociais, suas causas e seus responsáveis, e ludibriar o povo. Lula não somente teve acesso ao topo do sistema com os recursos intelectuais limitados a que teve acesso: ele também contribuiu para destruir o falso requinte do discurso elitista social e político (e porque não econômico também?) pátrio, inclusive muitos discursos acadêmicos que sempre foram meros simulacros de racionalidade civilizatória. Em outras palavras, em termos ideológicos Lula é um discurso corrosivo e erosivo da ideologia dominante, uma ideologia falsamente racional e civilizatória, usada para justificar uma irracionalidade econômica, política e social e para consolar a consciência de uma elite que, por meio de um autoengano, sempre tentou posar de chique e civilizada. Em última instância, Lula é uma fratura, um golpe na consciência da elite pátria e, somente nesta medida, um problema psicanalítico para ela. Em termos políticos, o ódio contra Lula é a expressão do sentimento que sempre dominou o imaginário da elite nacional sobre o Estado e sua máquina: sua propriedade, seu bem, seu patrimônio. Não é sem razão que uma das direções de ataque desta elite é a de Lula como ladrão, o único grande ladrão que roubou coisas que ninguém viu. Sim, o Lula roubou o Estado das mãos da elite nacional, e está conseguindo dar seguimento a este roubo ao reeleger seu sucessor e ao formar novas grandes lideranças políticas que darão prosseguimento a esta façanha. O sentimento de ter sido roubado é inerente a uma elite que sempre roubou o povo e o Estado, sem manifestar qualquer peso de consciência por isso porque, afinal, era sua propriedade, e propriedade privada não se rouba, explora-se. Em termos sociais, o ódio contra Lula resulta da sua luta pela dignidade dos mais simples, daqueles que sempre viveram a margem da dignidade, da cidadania, daqueles que tiveram sua humanidade negada por séculos e séculos de uma exploração colonial escravocrata e que permaneceram sendo renegados como seres humanos no imaginário e na prática econômica, política e social da elite nacional até os dias presentes. Dignidade e humanidade é algo a que esta elite se acostumou como sendo inerente e exclusivo de sua condição social. A sua diferença e o seu valor próprio sempre foram compreendidos com base na negação de dignidade e humanidade as camadas populares da sociedade. Claro, seria difícil esta elite se olhar no espelho e enxergar no horizonte da sua imagem o rosto de um negro, de um índio, de um mulato, de um pobre, ver que estes seres que ela abomina, explora, maltrata, sodomiza, rejeita, nega é também um ser humano que, essencialmente, é ela também, é como ela, é seu igual em essência. Por tudo isso, o ódio contra Lula é um ódio histórico, produto de forças ideológicas, políticas e sociais que vieram a luz com toda a sua violência quando se sentiu incomodada em seu trono; são forças habitam o imaginário profundo, construído ao longo de séculos de uma dominação sangrenta e eficaz de uma elite que sempre se viu privilegiada por achar que seus privilégios eram algo natural e incontestável, por se amparar numa ideologia que a fazia se sentir acima do bem e do mal e por se ver, neste momento, sendo forçada a mudar aquilo que é."

por Válber Almeida, no blog do Nassif

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O Boson de Higgs e a inteligência dos globais...

De: RONALD CINTRA SHELLARD
Quarta-feira, 11 de Julho de 2012

Assunto: MANHATTAN CONNECTION - CRÍTICA - 11/07/2012

Caros jornalistas,
Lamentável sua abordagem sobre o bóson de Higgs, exibindo um dos
piores aspectos da natureza humana, que é a arrogância da ignorância!


Que o assunto é dificil de explicar, não há dúvida. Mas achar que os
países europeus iriam gastar bilhões de dólares para cavar um túnel
(aliás informação equivocada) é (escolha o adjetivo apropriado, não
quero ser ofensivo!). Lembro apenas que estão recebendo este mail
porque no CERN inventaram uma coisa chamada www, que afeta a vida de
todos nós. Se algum de vocês teve que passar por um tomógrafo,
lembre-se de que é um detector de partículas. A eletrônica rápida que
hoje está nas câmaras que os estão filmando, vem de desenvolvimentos
associados a esta descoberta. A gama de tecnologias que direta ou
indiretamente estão associadas ao processo que levou à descoberta do
Higgs é imensa. E esta é uma das razões que levar os países a
investirem bilhões "num buraco"!


Não é exagero dizer que a descoberta do Higgs marcará nossa
civilização, como um dos seus pontos altos, não pela descoberta em si,
mas por todo o processo que culminou neste evento. Só para começar, o
CERN, fundado na década dos 50, foi um ensaio para o que viria a ser a
Comunidade Européia. Não é pouca coisa. Ir à Lua foi um feito de um
único país (talvez de um segundo, se a China tiver sucesso). Descobrir
o Higgs só é possível por conta do número de países envolvidos nesta
aventura do espírito humano.


A leviandade com que trataram este assunto deveria fazê-los corar.
Prestam imenso desserviço à causa do progresso de nossa sociedade
(nossa, quer dizer humana!). Se não entendem do assunto ou tenham
atitude mais humilde ou, não abordem o assunto!

Atenciosamente,
Ronald Cintra Shellard
Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas

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Como se diz por aqui:  Chupem essa, gênios do MC.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Chavez e Venezuela no Mercosul


Tio Sam vai ter que chupar, e os golpistas paraguaios estribuchar:
Venezuela será incorporada ao Mercosul em 31 de julho
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CAROLINA VILA-NOVA
ENVIADA ESPECIAL A MENDOZA

A Venezuela será incorporada ao Mercosul em reunião especial que será realizada em 31 de julho no Rio de Janeiro, anunciou nesta sexta-feira a presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, no âmbito da Cúpula de chefes de Estado do bloco.

O acordo tem a assinatura dos líderes de Brasil, Uruguai e Argentina (membros pleno do Mercosul). O Paraguai, que não havia ratificado essa decisão em seu Parlamento, está suspenso do bloco devido à deposição do ex-presidente Fernando Lugo.
No discurso de abertura da cúpula, Cristina afirmou lamentar "os fatos de conhecimento público" no Paraguai --ou seja, a destituição do presidente Fernando Lugo na sexta-feira da semana passada--, e a consequente ausência do país do encontro de hoje.
Por outro lado, disse que precisava esclarecer a posição de seu governo sobre a questão paraguaia, segundo ela, "para evitar qualquer tipo de distorção e manipulação".
"De nenhum modo propiciaremos nem aceitaremos sanções econômicas contra o Paraguai", disse Cristina. "As sanções econômicas nunca são pagas pelo governo, mas pelo povo."
Nos dias anteriores à cúpula, bastidores indicavam que a presidente argentina pressionava pela aplicação de sanções econômicas contra o Paraguai. Já Brasil e Uruguai defendiam a imposição de punições apenas políticas.
A recomendação dos chanceleres, adotada após reunião ontem, é que a suspensão do país do Mercosul seja prorrogada, possivelmente até a realização de novas eleições, em 2013. Daí o "esclarecimento" de Cristina.
PILARES DA CIVILIZAÇÃO
A presidente argentina, porém, não poupou críticas ao processo de impeachment que derrubou o ex-presidente paraguaio.
"Não há no mundo um julgamento político que dure dois dias e que ademais não ofereça possibilidade de defesa", afirmou. "A garantia do devido processo é um dos pilares da civilização ocidental."
A presidente disse ainda que, apesar das várias diferenças entre os países do Mercosul e da Unasul, a posição dos blocos foi unânime quando se tratou de rupturas democráticas na região.
"Estamos defendendo que não se instalem os golpes suaves, de movimentos que, sob a pátina de certa institucionalidade, nada mais são que uma quebra da ordem constitucional", afirmou, citando por fim o escritor Jorge Luis Borges: "Não nos une o amor, mas o espanto" (em tradução livre).
REUNIÃO DE LÍDERES
Participam da cúpula, além da anfitriã, os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e do Uruguai, José Mujica, como membros do Mercosul; participam ainda os presidentes Rafael Correa (Equador), Evo Morales (Bolívia), Ollanta Humala (Peru) e Sebastián Piñera (Chile).
A Venezuela está sendo representada pelo chanceler Nicolás Maduro.
A imprensa acompanhou o discurso por telões instalados em uma tenda montada ao lado do Hotel Intercontinental, onde ocorre o evento.
Ao terminar, Cristina ordenou o corte do vídeo e do áudio do encontro, que ocorre agora privadamente.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Antes Honduras, agora o Paraguai sob um golpe


As oligarquias, as elites econômicas e empresariais, os latifundiários (as tais "vítimas" dos governos populares latino americanos) e seus lacaios, incluindo ai os da imprensa porca que nós temos, estão sempre a postos para efetuar e "legalizar" Golpes de Estado na América Latina, contam pra isso com apoio logístico (podendo ser também de armamentos e pessoal) do Grande Irmão do Norte.
O apoio logístico dar-se por meio de embaixadas americanas, quase sempre lotadinha de gente da CIA e das outras agências de segurança deles, são os tais "analistas de conjunturas"; mais recentemente, notadamente a partir dos anos 90, também surgiram as tais ONGs "internacionalistas" (como as que vez por outra vêm com aquele papinho furado sobre o nosso descúido com a Amazônia) como fomentadoras e financiadoras (laranjas) das aventuras golpistas.
Estamos livres disso? Claro que não, é só ter uma brechinha que esses safados vão querer aprontar conosco também.
De olhos bem abertos e ouvidos mais ainda pra eles.
E se quizerem avançar o sinal, cacete neles.

Após o golpe:
Ainda é pouco, deveriam também:
1) Expulsar todos os embaixadores e diplomatas que apoiaram e apoiam o golpe, apoia a golpes de estado, persona non grata;
2) Denunciar o golpe em todos os organismos internacionais e divulgar que só vão dialogar, em nome do povo do Paraguai, com o Presidente Lugo;
Isolados na América Latina e denunciados como golpistas, é isso que esses patifes merecem.

Querendo comprar briga com Dilma e Cristina... das duas uma:
- Ou são mesmos doidos varridos;
- Ou Tio Sam está salivando, prontinho pra entrar em cena e "nacionalizar" Itaipú com seu fuzileiros.

E nossa porca mídia, pra variar, dando total e irrestrito apoio aos golpistas... talvez o desejo de importar a "solução" golpista paraguaia para solo brasileiro: uma tal alegação de "ineficiência" de Fernando Lugo; o sonho dos "cansados" desde 2003 é achar uma brecha pra emparedar Lula ou Dilma e assim justificar e "legalizar" um golpe branco.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

O silêncio do catão


E o catão, Demóstenes, calou-se diante dos senadores e deputados; usou o direito de permanecer em silêncio pra não gerar provas contra si. Pedro Taques - PDT - MT (um dos novos queridinhos da porca midiona), aproveitando a deixa constitucional malandramente usada pelo “nobre” senador (o nobre saiu da boca do colega trabalhista), só não pediu sua absolvição em publico, acredito, por mera conveniência ministerial.

O deputado Silvio Costa (PTB-PE) abriu a sessão de criticas, passando um sermão político à Demóstenes. Taques errou, e agiu como advogado de defesa de Demóstenes e não como parlamentar. Agiu como linha auxiliar de Kakay.

Costa é tão parlamentar como Taques e Demóstenes. Era um diálogo entre iguais, e não entre réu e promotores como ocorre em tribunais, onde os argumentos de Taques seriam válidos.

Novamente o senador pedetista apequena seu papel político, de senador, ao agir apenas como advogado de defesa de um colega parlamentar enrolado com o bicheiro.

De dar pena mesmo é o depoimento de figuras como o Dep. Onyx (do DEM) e outro do PMDB que se dizem "frustados" pelo papel desempenhado pelo seu guru de outrora (Demóstenes) que era, até ontem, segundo eles e o PIG, a personificação da "esperança" para 44 milhões de brasileiro... os eleitores de Serra, acho eu. 

Humberto Costa - PT - PE (Relator do processo por quebra de decoro contra Demóstenes), diplomático como sempre, disse em entrevista à Record que o silêncio do colega não vai interferir no seu julgamento no Senado.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Dona Dilma, Ayres Britto e a versão telepática de O Estadão


O que o Estadão noticiou:
"Vera Rosa e Tânia Monteiro, de O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - Preocupada com o acirramento dos ânimos às vésperas do julgamento do mensalão, a presidente Dilma Rousseff disse que o governo não entrará na briga entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
Veja também:

Dilma avalia que a situação é perigosa, tem potencial de estrago que beira a crise institucional nas relações entre Executivo e Judiciário, e transmitiu esse recado na conversa mantida nesta terça-feira, 29, com o presidente do STF, Ayres Britto. O encontro durou uma hora e dez minutos, no Planalto.
Embora petistas estejam fazendo desagravos públicos a Lula, a presidente ordenou silêncio aos auxiliares após falar com ele por telefone. A ordem é blindar o Planalto dos torpedos vindos da CPI do Cachoeira e dos ataques de Mendes.
Lula estará nesta quarta-feira, 30, em Brasília, onde fará uma palestra no 5.º Fórum Ministerial de Desenvolvimento, e vai se encontrar com Dilma. Pela estratégia definida até agora, o governo fará de tudo para se desviar da polêmica e repassará a tarefa das respostas políticas ao PT. O ministro do STF jogou nesta terça mais combustível na crise, ao responsabilizar Lula por uma “central de divulgação” de intrigas contra ele.
Embora dirigentes do PT saiam em defesa de Lula, a cúpula do partido avalia que é preciso calibrar o contra-ataque, porque qualquer reação intempestiva contra o Judiciário prejudicaria os réus do mensalão.
Fora do foco. “Não acreditamos que Mendes nem nenhum integrante do Supremo esteja ligado ao crime organizado de Carlinhos Cachoeira”, disse o deputado Jilmar Tatto (SP), líder do PT na Câmara. “A CPI não foi instalada para apurar possíveis desvios de conduta de ministros do Supremo, mas, sim, para desbaratar o crime organizado de Cachoeira. Quem alimenta esse tipo de polêmica quer desviar o foco da CPI e vamos dar um basta nisso, encerrando essa polêmica.”
Mesmo ressalvando que não baterá boca com Mendes, o deputado André Vargas (PR), secretário de Comunicação do PT, achou “estranha” a versão do magistrado sobre o encontro. “Por que Lula iria falar com um ministro que foi indicado pelo PSDB e não com os oito que ele indicou?”, questionou. “E por que Mendes só divulgou essa conversa um mês depois, às vésperas do depoimento de Demóstenes Torres no Conselho de Ética?”
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Eu sabia, essa historia de telepatia é a maior furada, saiu no Blog do Planalto um desmentido da matéria do Estadão:
"Quarta-feira, 30 de maio de 2012 às 11:05
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República divulgou hoje (30) nota à imprensa sobre o encontro ocorrido nesta terça-feira (29) entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ayres Britto. Leia abaixo a íntegra da nota:
A Presidência da República informa que são no todo falsas as informações contidas na reportagem que, em uma de suas edições, apareceu com o título “Para Dilma, há risco de crise institucional”, publicada hoje no diário O Estado de S. Paulo. Em especial, a audiência de ontem da presidenta Dilma Rousseff com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, tratou do convite ao presidente do STF para participar da Rio+20 e de assuntos administrativos dos dois poderes. Reiteramos que o conjunto da matéria e, em especial, os comentários atribuídos à presidenta da República citados na reportagem são inteiramente falsos.
Contrariando a prática do bom jornalismo, o Estadão não procurou a Secretaria de Imprensa da Presidência para confirmar as informações inverídicas publicadas na edição de hoje. Procurada a respeito da audiência, a Secretaria de Imprensa da Presidência informou ao jornal Estado de S. Paulo e à toda a imprensa que, no encontro, foram tratados temas administrativos e o convite à Rio+20.
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República"
É... tá difícil pra nós, mortais comuns sem o dom da paranormalidade, acompanhar o jornalismo pátrio, os caras pelo menos deviam consultar oráculos mais confiáveis antes de divulgar essas revelações vindas do Universo Paralelo deles.
E pra completar a cereja no bolo, Dona Dilma Vana Roussef, agora há pouco na NBR, durante transmissão da cerimônia de premiação das entidades comprometidas com os ODM-2012 (Objetivos Do Milênio - centrados na erradicação da miséria) prestou uma grande homenagem a Luís Inácio Lula da Silva, no que foi, em seguida, efusivamente aplaudida de pé pelo publico presente.

Um cartel e um Vulcano em Mossoró


"MP e PF deflagram operação para combater cartel em postos de combustível em Mossoró




Quarta-feira, 30 de Maio de 2012 às 07:47 / Por: RedaçãoE-mailImprimirPDF 
operacao_vulcanoA Polícia Federal e o Ministério Público, com apoio do Conselho Administrativo de Direito Econômico (CADE), deflagraram na manhã desta quarta-feira (30) a Operação Vulcano, para combater possível prática de cartel de combustíveis nos postos de Mossoró. De acordo com informações divulgadas pelo MP no Twitter, foram expedidos oito mandados de prisão e 20 de busca e apreensão em postos da cidade e na Câmara Municipal de Mossoró. 
Na internet, o MP afirmou ainda que “o suposto cartel teria fixado preços de combustíveis e pressionado para aprovação de leis que barram a entrada de novos concorrentes.” Tais projetos estariam barrando principalmente a concorrência de postos em supermercados e shopping centers na capital do Oeste, completou a instituição.
Em nota, a PF informou que a investigação teve início em novembro do ano passado e conta com a participação de cerca de 90 policiais e 7 promotores de justiça. O nome “Vucano”, com o qual a operação foi batizada, é uma referência ao deus do fogo da mitologia romana.
Uma entrevista coletiva foi marcada para ocorrer às 10h30 na sede da PF em Mossoró, na rua Rua Jornalista Jorge Freire, no bairro Nova Betânia.
Lista de pessoas que foram alvo de mandados de prisão e de busca e apreensão
O MOSSOROENSE teve acesso a lista das pessoas envolvidas na Operação Vulcano. Foram expedidos mandados de prisão e de busca e apreensão nos locais de trabalho e nas casas das seguintes pessoas: Pedro de Oliveira Mointeiro Filho, dono do posto Mossoró; Otávio Augusto Ferreira da Silva, da rede Fan; vereador Claudionor dos Santos; vereador e presidente da Câmara de Mossoró, Francisco José Lima Silveira Júnior (que está no exterior); ex-vereador Pedro Edilson Leite Júnior, dono do posto Santa Luzia; Robson Paulo Cavalcanti, dono do posto Nacional; Carlos Otávio Bessa e Melo, do posto Nova Betânia; Sérgio Leite de Souza, do posto Olinda; José Mendes da Silva, dono da rede de postos 30 de Setembro.
Veja a cobertura completa da Operação Vulcano na edição imprensa de amanhã (31) do jornal O MOSSOROENSE.
Foto: Luciano Lellys/O Mossoroense
Última atualização em Quarta-feira, 30 de Maio de 2012 às 11:36"

domingo, 13 de maio de 2012

Dilma: do STM até 2012

Dilma: “Eu vou fazer o que tem que ser feito”

Do Blog do Ricardo Kotscho

"Banqueiros. Latifundiários. Militares. Quem mais teria coragem de enfrentar os interesses destas corporações em assuntos considerados intocáveis até outro dia, como queda de juros, reforma do Código Florestal e criação da Comissão da Verdade, verdadeiros tabus históricos?

Sem se preocupar com o que os outros vão pensar, a presidente Dilma Rousseff resolveu ir à luta em variadas frentes nas últimas semanas, comprando muitas brigas ao mesmo tempo. Vai ganhar todas? Só o tempo poderá dizer, mas ela não é de fugir da raia.

"Com a popularidade que esta mulher tem, até eu...", poderia desdenhar algum representante dos 5% que não gostam do governo dela.

Não é bem assim, como ouviu na semana passada o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, ao fazer um comentário sobre a alta aprovação de Dilma nas pesquisas, durante reunião em que ela explicou aos empresários as mudanças nas regras da caderneta de poupança, outro tema delicado que ela resolveu encarar.

"Eu vou fazer o que tem que ser feito, sem me preocupar com pesquisas", respondeu-lhe Dilma, resumindo o espírito da presidente que se tornou um lema do seu governo prestes a completar 18 meses.

Por que fazer tudo ao mesmo tempo? Cheguei a me preocupar, ao ver as decisões anunciadas, que mexem com os interesses de setores sempre tão temidos pelos governantes.

Depois das conversas que tive no Palácio do Planalto no final do mês passado, percebi que a presidente resolveu assumir em suas mãos o comando e a iniciativa política, mesmo em questões econômicas, exatamente como fez o ex-presidente Lula em seu segundo mandato.

"Este é um governo monocrático", explicou-me um dos interlocutores frequentes da presidente, quando me queixei a ele da dificuldade para obter informações. Dilma centraliza todas as ações em seu gabinete e não gosta quando seus ministros saem por aí dando declarações, mesmo em off, sobre assuntos que ainda não estão decididos por ela.

Como a presidente fala pouco, e só ela quer falar em nome do governo, os jornalistas de Brasília que cobrem o Palácio do Planalto sofrem, assim como os seus colegas de outras cidades.

Agora, ao ver o pacote de medidas polêmicas anunciadas nas últimas duas semanas, entendi a razão: Dilma toma suas decisões com cuidado, amadurece sem pressa os seus projetos e procura preparar o terreno antes de anunciá-los, como aconteceu na última semana com a Comissão da Verdade.

A lei que criou a comissão foi assinada por Dilma em novembro do ano passado, mas ela fez questão de escolher pessoalmente, um a um, sem ceder a nenhum lobby, os sete nomes que anunciou na quinta-feira. Conheço a maioria deles e posso garantir que o time é da melhor qualidade, tanto do ponto de vista moral como profissional.

Na mesma noite, ela convidou os notáveis para um jantar no Palácio da Alvorada, explicou o que espera deles e deixou claro que não quer qualquer "revanchismo" contra os militares. "A Comissão da Verdade é um orgão do Estado e não do governo", resumiu.

Este é o estilo Dilma que vai se consolidando: pode demorar para agir, mas quando age procura ter o domínio da situação. Foi assim também com a questão da queda dos juros, que só anunciou depois de longas conversas com os donos dos bancos e economistas da sua confiança.

E será desta forma que a presidente vai decidir sobre os vetos ao Código Florestal aprovado pela Câmara. Após o movimento "Veta, Dilma", criado pelos ambientalistas, agora surgiu também o "Não veta, Dilma", patrocinado pelos ruralistas. Dilma acompanha de longe o debate na internet e, com calma, vai amadurecendo a sua decisão, que pode não contentar nenhum dos dois movimentos.

Se algum assessor lembrar a ela o descontentamento de um lado ou outro, que militares, banqueiros, parlamentares da base aliada ou vendedores de couve podem não gostar das suas decisões, Dilma costuma reagir com duas palavras: "Problema deles". Os donos da mídia já perceberam isso."
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Dilma Vana Roussf Linhares
Um "poste-fantoche-de-Lula" que brilha...
e como.

terça-feira, 8 de maio de 2012

A desfaçatez dos marinhos...

Hoje, em editorial, os marinhos saem em defesa de Civita, previsível, uma é a manivela ou corrente transmissora da outra (Veja e Globo, Globo e Veja).

Claro que não deixaram de citar as ameaças à "liberdade de imprensa" (pra eles conspirarem contra Lula-Dilma à vontade, evidente) e a internet "chapa-branca" (blogs sujos e afins).

E hoje no Bom(?) Dia Brasil (ou Bundinha Brazil), voltaram a falar nos "crimes da internet", o gancho está sendo a defesa, pelo mesmo Sr. advogado do catão Demóstenes Tores, de umas de suas pudicas atrizes que diz que teve fotos íntimas divulgadas na rede após, segundo ela, um invasor ter acessado seu computador ou uma provável cópia não autorizada por um funcionário de uma empresa que consertou seu equipamento. 

A cara de pau desses senhores, e dessas senhoras, não tem limites.

Fico desconfiado, esse súbito interesse da Vênus Platinada por crimes da internet, está longe de ser somente uma preocupação com a privacidade de uma das suas inocentes sex-simbols loira, a Globo já deu provas de não ter escrúpulo nenhum em épocas e episódios anteriores, da invasão de privacidade para acusação de difamação dos Varões de Plutarco de araque pelos "blogs-sujos" é só um pulinho.... ou um distraído plim-plim.

O resumo do romance Veja-Cachoeira-Demóstenes-Globo por PHA


Civita e Cachoeira queriam derrubar Lula e dar a Cerra

O ansioso blogueiro assistiu à entrevista gravada com Fernando Ferro à Record News – clique aqui para ler “Ferro, CPI: Civita é cúmplice” – e se permitiu fazer como o Mino Carta e dialogar com os próprios botões.


(Clique aqui para ver o vídeo da entrevista, no R7.) 

Existe um nexo que organiza as atividades agora reunidas sob a CPMI da Veja.

Basta identificar os elementos do conjunto.

Demóstenes e Cachoeira filmam Valdomiro Diniz a chantagear  Carlinhos Cachoeira.

Dois anos depois, divulgam a fita na Globo e na Veja, quando Diniz trabalhava no gabinete de José Dirceu.

Dirceu veta nomeação de Demóstenes Torres para o cargo de Secretário Geral de Justiça, onde supervisionária a política governamental para o jogo – legal ou não.

Clique aqui para ler “TV Record melou o mensalão”.

Demóstenes e Cachoeira filmam o ato de suborno nos Correios  e dão origem ao mensalão, que, como diz o Mino, ainda está por provar-se.

A Globo e a Veja dão à cena do suborno máxima relevância.

Roberto Jefferson dá “um furo” à Folha (*) e diz que aquilo é o mensalão.

No depoimento à CPI dos Correios, Jefferson apontou para o Palácio do Planalto do Lula e disse “o problema está lá”, ou seja, a roubalheira está lá.

Nessa CPI, o Lula só não caiu, porque o Feijóo não deixaria e o Fernando Henrique disse ao Agripino Maia para deixar o Lula sangrar, sangrar tanto, que chegasse às eleições exangue – e Fernando Henrique voltaria ao poder nos braços do povo (de Higienópolis). 

Simultaneamente, o ínclito delegado Protógenes Queiroz investigava o banqueiro condenado por passar bola a um agente da Polícia Federal – clique aqui para ver o vídeo exibido pelo jornal nacional e que o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo ignorou.

Daniel Dantas subornou o policial errado.

Porque Protógenes Queiroz e o destemido Juiz Fausto De Sanctis temeram pelo destino da Satiagraha, depois que um policial agora preso com Cachoeira compartilhou com uma “repórter” da Folha (*) a informação de que a Satiagraha estava para ser deflagrada e a “repórter” avisou Dantas.

Foi preciso “trocar” de delegado e Dantas não foi nada “brilhante” – subornou o falso Protógenes.

Quando Dantas foi preso, aparece no jornal nacional a declaração de um empregado dele: Dantas só tem a temer a Primeira Instância porque, nas mais Altas Instâncias ele “tem facilidades”.

Dantas obteve dois HCs Canguru, num espaço de 48 horas, concedidos por aquele que se tornou famoso como Gilmar Dantas (**).

Um dos motivos para um dos HC Canguru foi para proteger a supra-mencionada “repórter” da Folha (*) da “sanha” do ínclito delegado Protógenes: uma ameaça  à liberdade de imprensa !

Este mesmo Ministro do Supremo aparece num grampo sem áudio em conversa com o senador Demóstenes Torres.

Gilmar Dantas (**) se vale deste grampo sem áudio, divulgado pela Veja de Robert(o) Civita e amplificado pelo jornal nacional, para destituir o ínclito delegado Paulo Lacerda, desmontar a Satiagraha e tirar Daniel Dantas da forca, de novo.

(O então diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, que perseguiu Protógenes Queiroz com dezenas de ações judiciais, ainda não achou esse áudio até hoje.

Recentemente, Corrêa foi dispensado chefia da área de Segurança da Copa, nomeado pelo inesquecível Ricardo Teixeira, por suspeitas de corrupção.)

Nas escutas autorizadas da Satiagraha, aparece um diálogo de Dantas com uma funcionária de seu banco, a discutir sobre quando entrar com HC no Supremo.

Ele prefere entrar quando o Supremo estivesse em recesso, para que a decisão fosse de seu Supremo Presidente de plantão, Gilmar Dantas (**).

Foi o que se deu. 

Uma das “reportagens” de capa da Veja foi a “denúncia” de que Lula tinha conta secreta no exterior.

A reportagem – segundo a própria Veja – foi escrita a quatro mãos por um de seus repórteres (depois assessor de imprensa de Cerra) e Daniel Dantas.

E a própria Veja confessa que não teve como confirmar a informação.

E mesmo assim publicou.

Depois, o senador Heráclito Fortes, que empregava a filha do Fernando Henrique e se notabilizou por liderar a Bancada Dantas no Senado, reuniu em casa para jantar o Daniel Dantas e o então Ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos.

Dantas provou que era um santinho, especialmente entre esfihas e grão de bico com muito azeite.

Hoje, Thomaz Bastos é advogado de Cachoeira. 

Que já desistiu da “delação premiada”.   

Até aí, amigo navegante, o que se tem é a conjunção de esforços com o objetivo de desmanchar o Governo Lula – através de José Dirceu – e salvar Daniel Dantas, ou seja, o Governo Fernando Henrique, que presidiu a Privataria e nomeou Gilmar Dantas (**) para o Supremo.

Como Advogado Geral da União de Fernando Henrique, Gilmar Dantas (**) deu a substância jurídica para a Privataria.

Depois, o livro do Amaury Ribeiro Junior revelou que o clã Cerra foi quem mais se beneficiou – em dinheiro – da Privataria, a maior roubalheira numa Privataria latino-americana.

A “ação criminosa” que uniu Robert(o) Civita a Cachoeira tinha por objetivo – entre outros muitos – beneficiar a empreiteira Delta.

A empreiteira Delta operava com Cachoeira e o empregado de Robert(o), o Policarpo.

(Na Inglaterra, o Parlamento considerou que Rupert Civita foi “leniente” com a ação criminosa de seus “repórteres”.)

Eram “reportagens” para o Cachoeira e a Delta ganharem dinheiro.

A Delta operava em Goiás, no Distrito Federal, no Rio e no Governo Cerra, em São Paulo.

No auge da campanha presidencial, Cerra precisava de um favorzinho no Supremo e, ao telefone, se dirigiu a Gilmar Dantas (**) como “meu presidente !”.

Demóstenes diz a Cachoeira que “Gilmar mandou buscar” no Supremo um processo que interessava aos negócios de Cachoeira.

Como disse Fernando Ferro, a Veja e Cachoeira pretendiam fazer de Demóstenes, o “Catão do Cerrado”, Ministro do Supremo.

José de Abreu revelou no twitter que Robert(o) Civita disse a um interlocutor que seu objetivo na vida era destruir o Lula.

Numa boa.

Agora, o PiG (***) se fecha em bloco para proteger o Robert(o) Civita.

Tocou nele, tocou em todos nós.

E a vingança será implacável.

A Globo tem sido a mais conspícua defensora do Robert(o).

O Merval (veja o que o Mauricio Dias pensa dele) e a Urubologa acham muito natural jornalista conversar com bandido.

Dar 200 telefones a um mesmo bandido, com a mesma finalidade: derrubar o Lula. 

Muito natural.

Como os cem telefonemas que o Eduardo Jorge dava ao Juiz Lalau, da sala ao lado do gabinete presidencial do Fernando Henrique.

Muito natural.

Claro que a Globo tem que defender o Robert(o).

A Globo não tem produção própria.

Ela pega o detrito sólido de maré baixa da Veja e transforma em Chanel # 5.

Sem a Veja e o Chanel # 5 do Ali Kamel, o Golpe ficaria mais fraco.

Caro amigo navegante, não é preciso ter a argúcia de um colonista (****) do PiG (***) para perceber.

Por trás dessa grande confusão, é como diz o Amaury das operações de lavagem de dinheiro do clã Cerra na Privataria: era tudo muito simples.

É tudo muito simples.

É só dar o fio que ordena as contas do colar. 

O negócio era e é derrubar o Lula e entregar ao Cerra.

A CPI da Veja é a CPI do Golpe.


Paulo Henrique Amorim


quinta-feira, 26 de abril de 2012

O novo código florestal e o RN

Não há o que se comemorar com a aprovação do Novo Código Florestal, ganhou o lobby mafioso dos ruralistas, Ronaldo Caiado soltando aquele sorriso cínico de quem deu mais uma patada escrota no povo brasileiro é a imagem mais eloquente desse episódio.

No Rio Grande do Norte, caso se mantenha a matéria aprovada na Câmara, deu-se um salvo conduto aos devastadores ambientais de sempre: os donos das salinas e os produtores de camarão, que comemoram, juntamente com a Deputada Federal Sandra Rosado (PSB) os "adendos" que foram aprovados juntamente com o novo código que lhes dão total liberdade de fazerem o que quiserem em nome do "desenvolvimento" econômico do estado, desenvolvimento esse que só engorda suas contas bancárias e trás pouco ou quase nenhuma contrapartida favorável aos potiguares.

Na prática manteve-se o modelo atual, que dá liberdade a esses "empreendedores" de destruir manguezais e afins, tudo em nome do mercado exportador (o grosso do faturamento das salinas e camarões)

É sempre bom salientar que nas salinas e nas fazendas de camarão impera o sub-emprego e a quase escravidão da mão de obra utilizada, tudo isso a olhos vistos dos organismos fiscalizadores do Estado e da União, e por que? Simples, o poderio econômico e influência politica desses senhores é muito forte.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A porca-mídia e a CPMI que não aconteceria...

A cafajestice do comportamento da porca-mídia na "cobertura" da CPMIda Veja-Cachoeira-Demóstenes não mede esforços para blindar os amiguinhos do peito.

Disseram até ontém em unissono que o governo (Dilma) e o PT não queriam a CPMI, que a iniciativa partiu de Lula, a contragosto do "poste", a tal tese da vingança.

Vendo que a comissão seria de fato instalada, começaram a centrar o noticiário na Delta Construções, empresa que tem "muitos contratos com o Governo Federal" (a Globo repete isso a cada 5 seg de qualquer inserção sobre o caso), some o nome de Demóstenes como operador do esquema... hoje no Bom (?) Dia Brasil ele apareceu, sempre bem enquadrado pelos camera-mans dos marinhos, no senado recebendo afagos dos colegas do parlamento; Cachoeira, através de sua advogada de defesa, diz que é inocente de tudo, vai provar isso, e que tudo que deseja é recuperar o respeito e o prestígio que tinha em Goiás (e talvez no STF-Senado) como empresário de sucesso.

Em nenhuma vírgula ou pixel da Folha, Globo, Estadão, a óia é citada, quando muito eles dizem que há "indícios" da participação de algum jornalista.Ai vem ACMzinho e Alvaro Dias, a cereja do bolo da Globo e cia, bradando que o governo não quer a investigação mas que a oposição vai brigar pra que ela ocorra... alem de mentirosos eles são cínicos e cínica até a próstata ou o óvulo.

O jogo da mídia é evidente: proteger a todo custo a Veja, Civita e Policarpo, principalmente, e iniciar a blindagem do DEMOcratas.E a jogatina da oposição começa a ser clareada com essa cascata de "parcerias" que a PF está revelando nas nextelianas e cachoeirais artimanhas de um de seus mais eloquentes e ovacionados Varões de Plutarco de araque.

Coisas pra se fazer

Coisas pra nunca deixar para o dia seguinte:

- Abraçar seu filho;
- Abraçar e beijar sua maravilhosa;
- Dar flores para sua maravilhosa;
- Ouvir Chico Buarque de Holanda;
- Ouvir Hendrix e Bach;
- Respirar, de fato, por pelo menos 15 minutos;
- Dizer do frisson que sua maravilhosa lhe provoca;
- Olhar o Sol pelo menos uma vez;
- Tocar pelo menos um acorde no violão;

- Cantar no banheiro, bom para o pulmão;
- Deixar o riso vir, bom para o fígado;
- Se um choro vier, não o prenda, lágrimas clareiam os olhos e a alma;

domingo, 15 de abril de 2012

Como funciona a ética jornalística da Globo

Um ótimo texto que o Nassif publicou:

Os truques na edição jornalística



Por Alexandre Tambelli
 
Deu na telha, após ler um comentário aqui no Nassif de enumerar situações que acontecem no telejornalismo da Rede Globo. Como estamos falando do Poder da velha mídia vou postá-las aqui. Foram feitas de lembranças e a partir das ideias difundidas aqui no Blog e em outros blogs e portais da "mídia alternativa". FALTA MUITA COISA, MAS CREIO QUE VALE POSTAR.

A seletividade da denúncia e da informação na Rede Globo sempre existiu. (Eu não assisto mais a Rede Globo).

Métodos básicos, que sempre assisti nos seus telejornais (lembrando-me, de memória, do tempo em que assistia com meu pai, já falecido, e em locais públicos, onde acabo assistindo A Rede Globo, porque está a TV ligada no canal):

1. Seleção. Corrupção no Governo, hospitais públicos com pessoas em leitos nos corredores, obras superfaturadas, etc. só existem, praticamente, nos Governos que ela não apoia; Os telejornais da Rede Globo selecionam os estados das matérias. Quanto mais perto das eleições mais evidente fica este modo de agir. Elogios são para administrações do DEM, PSDB, PPS e demais opositores do Governo Federal. Toda a reportagem negativa está situada em um Estado que ela não apoia ou na técnica de mostrar problemas em obras ou estabelecimentos "FEDERAIS" no Estado oposicionista.

Na eleição passada, vendo o Jornal Nacional, próximo do dia do voto, observei uma reportagem, apontando problemas estruturais no Hospital São Paulo da capital paulista, ele é administrado pelo Governo federal, pois, pertence à Unifesp - Universidade Federal de São Paulo. Fica a impressão de que a Rede Globo faz reportagens investigativas, denúncias em todos os estados e que só se encontram erros em obras e estabelecimentos do Governo Federal no Estado de São Paulo.

1.1. Seleção do comentarista. Todo comentarista e especialista defende a mesma posição. A emissora tem um grupo de pessoas, que revezam nos seus microfones. Eles aparecem umas 8, 10 vezes ao ano, para dar uma disfarçada. No Jornal Nacional, de vez em quando via um Economista, homem de estatura média para alta, utilizava óculos, cabelo branco, peso normal e fala mansa. Vinha para dar respaldo a toda tese econômica da emissora.

1.2. Seleção da pergunta. Todo apresentador e repórter tem um tipo de pergunta e de atitude para com o entrevistado. Se for seu aliado, ameniza todas as críticas e faz perguntas para "encher a sua bola". Se tiver outro pensamento político, aterroriza nas perguntas, não dá trégua ao entrevistado e busca emparedá-lo.
Em 2010. É só lembrar o tratamento dado pelo JN e seus apresentadores, nas entrevistas da campanha eleitoral. A DILMA quase foi fuzilada pelo apresentador e o SERRA parecia íntimo da casa.

1.3. Seleção do momento de exposição. Alguns políticos, opositores às ideias da emissora, tem vez e voz na Rede Globo, em determinados momentos.

Se surgir uma denúncia contra o Governo Federal, um político da extrema-esquerda pode ser entrevistado, para falar mal do Governo. Não para expor suas ideias, estas não possuem espaço nos microfones da emissora.

Se for útil, em determinado momento, a exposição de um político e suas ideias, de um movimento social contrário às suas ideias, a emissora aceita sua presença diante de seus microfones, e depois, ao bel-prazer a emissora colocará o político ou o movimento social em total descrédito, como é o caso do MST, que do nada ficou, respeitado e conhecido no Brasil todo, por uma novela e foi para as páginas policiais da emissora algum tempo depois.

Como é o caso da Marina Silva e da Heloísa Helena, espécies de "quarentena" da emissora para atacar seus opositores, por terem saído do PT, seus adversários máximos, segundo a lógica da emissora. Quando precisaram delas para atacar o Governo LULA foi só tirá-las da quarentena e colocar na caixa de entrada. Depois, é só jogá-las na quarentena novamente. Marina Silva, que teve até suas ideias políticas veiculadas, para tirar votos de Dilma Rousseff em 2010.

2. Omissão. Quando existe uma denúncia grave de corrupção no Governo, seu aliado, diz-se o nome do denunciado, mas se evita falar a sigla partidária; ou simplesmente, ignora-se o fato. E ainda, se acusam envolvidos, o Governante é poupado; já na corrupção dos seus opositores, o Governante opositor, tem partido e é suspeito de prevaricação.

Certo dia no Jornal local da noite, assisti no médico, houve duas reportagens distintas, com dois prefeitos que foram pegos em atos ilícitos. Um recebia propina, outro não prestara socorro a vitima que atropelou e, ainda, tentou subornar o delegado para sair da cadeia. O prefeito da propina era do PMDB (a reportagem veio antes e o apresentador do telejornal falou a sigla do partido); o da omissão de socorro não foi dito o partido dele. Como sou curioso e atento eu fui à internet e vi, era do PSDB. PMDB - aliado do Governo Federal; PSDB - oposição.

Obras inauguradas da oposição têm partido, belas imagens, sorrisos e discurso; quando é do Governo federal geralmente a Globo não anuncia, como foi o caso da criação do SAMU 2003, em que mostraram o LULA em uma fábrica automotiva do ABCD paulista discursando, mas não disseram o que ele tinha ido fazer lá: criar o SAMU; ou no caso da inauguração em SUAPE, Pernambuco, do Petroleiro Almirante Negro, um momento histórico de recuperação da Indústria Naval brasileira, que não foi motivo de reportagem para a Rede Globo.

3. Edição. Escolha de imagens para ilustrar um ponto de vista da emissora. Subjetividade e propaganda subliminar. A técnica dessa emissora é apurada.

Lembro-me da eleição de 1989, onde, na véspera da eleição, colocaram a imagem do Collor sentado em uma poltrona de couro, dentro de uma biblioteca, lendo um livro; e colocaram a imagem do LULA jogando bola na rua com o filho. Mais editado impossível, aquele era homem culto, preparado, este, um ignorante, que ocupa seu tempo livre jogando bola e pouco preocupado com o cargo que pleiteava de Presidente da República.

Na última eleição, calhou de estar na padaria comendo Pizza, bem na hora do JN. E era uns três dias antes da eleição. Outra edição. Aparecia a DILMA toda suada em cima de uma caminhonete, de baixo de um sol enorme - parecia uma pessoa desesperada a caça de votos; enquanto isso o SERRA aparecia numa moderna sala de reuniões, discutindo "questões importantes" com uma bela assessora, se não falha a memória, sobre o escândalo da licitação combinada do metrô. Moral da história, idêntica a de Collor e de LULA - o SERRA com a imagem de quem decide as coisas, um homem preparado, sábio e sanando questões de corrupção; a DILMA, em desespero, buscando um último suspiro para ganhar alguns votos, uma candidata derrotada.

4. Divisão. Outro truque da Rede Globo é o truque da divisão. Ela coloca o Brasil, quando não gosta de uma decisão do Governo Federal em âmbito internacional, ao lado dos países que ela considera ser ditaduras, sempre as mesmas: Cuba, Venezuela e Bolívia (principalmente) + o Irã, País da Ásia. Em um assunto que casa as posições desses três países e a do Brasil, dá-lhe divisão. De um lado a Europa, os Estados Unidos e o Japão; do outro o Brasil e as supostas ditaduras.

Pense em qualquer tema: o Irã e a bomba atômica. Quando o Brasil, no Governo LULA, defende que o Irã poderia utilizar a energia nuclear para fins pacíficos, fomos colocados no grupo dos países que defendem ditaduras e citaram os três países de sempre, como, também, partidários do direito do Irã utilizar do enriquecimento do urânio para a produção de energia nuclear. Nesse truque existe a omissão inclusa. Países como Israel, já possuem, até a bomba atômica, e são uma ameaça à paz no Oriente Médio, e não existe nenhuma menção do fato e grita para com eles, talvez, porque são aliados dos Estados Unidos.

É clássico o que vou dizer: em Países da África e a da Ásia há ditaduras, se forem aliados os Governantes aos Estados Unidos, mesmo que seja uma ditadura sanguinolenta, a Rede Globo não coloca estes Países no grupo seleto das ditaduras, omite ou fica do lado do Ditador.

E a técnica da divisão tem o truque da não citação. Se Países de distintas bandeiras políticas possuem uma posição semelhante em determinado assunto e a Rede Globo tem outra, se calhar de fazer uma reportagem dirá assim: Brasil, Cuba, Venezuela, Grécia (está caindo pelas tabelas, inclui para dar um ar de diversidade) são favoráveis; Japão, EUA, Dinamarca são contrários. Só que no grupo em que se encontra o Brasil, podem estar: França, Alemanha, Canadá e a Rede Globo engambela quem assiste o seu telejornal, omitindo a informação. Fica sempre parecendo que o Governo do PT está do lado de ditaduras e/ou de países subdesenvolvidos.

5. Acusação. A emissora decide fazer uma acusação grave contra uma pessoa, partido político, etc.

Exemplo: um Ministro de Estado. O acusado se tem direito de resposta, não é o último a falar. Vem depois dele a personalidade que respalda a acusação. Geralmente, colocam um político da oposição. As figuras "carimbadas" - os "supostamente" paladinos da moralidade e incorruptíveis, de sempre, aqueles políticos que vivem dos holofotes da mídia, para referendar a matéria acusativa. O acusado, por exemplo, de corrupção, está, quase sempre, numa pose desesperada e quem respalda a notícia (o último a falar) muitas vezes aumenta a voz e diz: - são fatos gravíssimos e devemos apurar o mais breve possível! Já parece, de antemão, o julgamento final e a culpabilidade do acusado.

6. Reputação. É clássico na emissora o derrubar de reputações por interesses escusos. Eles dão aos seus opositores políticos um tratamento desrespeitoso.

Quando quiseram atingir o Governo Dilma, as ONGS e por tabela o PCdoB, dá-lhe atacar o Ministro Orlando Silva por todos os lados, sem nenhuma prova contundente. É interessante, que jogam a reputação da pessoa, partido político, País, etc. no chão, sem o menor constrangimento. E qualquer acusado fica marcado como corrupto e mesmo que consiga provar sua inocência e honestidade a Rede Globo não faz nenhuma retração pública.

No quesito reputação é praxe se dizer: Fidel castro, Evo Morales, Hugo Chaves são uma ameaça para a Democracia. Insistem, nos mesmos inimigos, dia e noite. E vivem propalando que qualquer tentativa de se buscar uma moralização da Profissão de Jornalista em suas redações, tendo um código de ética e conduta, uma Lei que garanta ao acusado, o direito de resposta às acusações; que as reportagens se pautem pela verdade dos fatos; que sejam realizadas de uma maneira correta, sem ilicitudes, com o equilíbrio da informação, não tendendo a mostrar a ilicitude só de seus opositores seria um cerceamento à liberdade de expressão e uma afronta à Democracia.

7. Investigação. Quando um político opositor aos seus interesses é acusado de algo, imediatamente a Rede Globo repercute, investiga e condena de antemão; mas quando se trata de um aliado político ela não condena, de antemão, e coloca alguém para falar: - só ao término do inquérito policial, do Processo na Justiça é que poderemos dizer se o Réu é culpado ou inocente.

Geralmente, a emissora, desqualifica a denúncia e dá toda voz do mundo para o acusado se defender.

8. Postergação. Um fato de relevância pulula no País e investigações e mais investigações acontecem. A população toma partido e fica do lado da oposição às suas convicções e parceiros, a Rede Globo finca o pé nas suas convicções até o instante que não dá mais para segurar, então, ela posa de partícipe da causa defendida pela população, a um bom tempo.
Nas Diretas Já e no impeachment do Collor demorou a estar do lado vencedor. E será assim, na CPI do Cachoeira. Quando ela sentir que não dá mais para defender o indefensável, irá posar de defensora da verdade desde o limiar do fato e execrar os culpados, que até bem pouco tempo, eram defendidos ardorosamente.

9. Criação. Uma ideia, um personagem é criado no decorrer do tempo. Os dois, ideia e personagem caminham juntos.

A. Vai sendo moldada uma ideia: a do Mensalão do PT, do PT criador de dossiês contra a oposição, etc. Ideia - mensalão, personagem - PT.

B. Vai sendo moldado um político: Collor, o caçador de marajás; Serra, o grande gestor, criador dos medicamentos genéricos, etc. Ideia - Caçador de marajás, personagem - Collor. Ideia - grande gestor, personagem - serra.

9.1. Apartação. A ideia e o personagem podem ser abandonados no decorrer dos meses, anos.
Exemplos clássicos de apartação: o caso do Senador Demóstenes Torres e do Ex-senador José Inácio Arruda, além do Ex-presidente Fernando Collor. Do nada, a intimidade da emissora com o personagem desaparece e o mesmo some de seus holofotes. Parece que o personagem só serve para garantir os interesses de momento da emissora, são como robôs, descarta-se se tornar obsoleto. E ao haver a apartação, outro personagem ocupa o espaço daquele que não serve mais à emissora.

10. Diferenciação. Tratamento desigual para situações semelhantes. Cai um enorme temporal com várias vítimas fatais, em dois estados distintos, um de seu aliado político outro de um opositor às suas ideias. O tratamento é diferenciado.

Em 2010 choveu uma barbaridade na cidade de São Paulo e na cidade de Niterói. Em São Paulo, o Governador sequer apareceu para dar entrevistas, visitar os locais afetados, após as enormes enchentes nas avenidas marginais e outros locais. A Rede Globo culpou as chuvas torrenciais e a população pelas enchentes, por jogar lixo nas ruas. A emissora não exigiu do Governador, seu aliado, explicações para o ocorrido e nem reclamou de sua conduta, um tanto estranha, de se esquivar de ir aos locais afetados.

Já na cidade de Niterói que fica no Estado do Rio de janeiro, o Governador do Estado, opositor da Rede Globo, foi acusado dos transtornos, das enchentes e das mortes ocorridas, naquele ano, por exemplo, no Morro do Bumba, onde aconteceu grande tragédia. Foram pedidas explicações imediatas para ele das chuvas e não se utilizou em defesa do governador do Rio de janeiro, a quantidade de chuvas e nem o lixo jogado pelos moradores da cidade, bem como a população não foi considerada culpada.

No Rio de janeiro parecia um jornalismo policialesco, o fato ocorreu pelo descaso do poder público. Em São Paulo, a culpa foi de São Pedro.

Aqui cabe o tratamento desigual da notícia e do acusado. Os 3 mil reais de propina do Waldomiro valem muito mais que os 1,4 bilhões de reais desviados da Sudene no Governo FHC, seu aliado, e o primeiro caso, merece muito mais apuração, mais reportagens da emissora, só pelo fato de ser uma corrupção que pode incriminar e desmoralizar seus opositores.

11. Desqualificação e inversão. Se surge uma notícia (denúncia) que não seja favorável aos seus aliados de momento, a emissora corre logo para desqualificar a denúncia e provar que não é verdade o que está sendo denunciado. A Rede Globo pode até inverter a situação, acusar quem fez a denúncia e provar a inocência do denunciado.

Na Operação Monte Carlo está bem claro este processo. Pegaram o Deputado Protógenes Queiroz e começaram a acusar a pessoa que primeiro quis investigar numa CPI o Cachoeira e suas ilicitudes e tentaram incriminá-lo como parte integrante do grupo do contraventor.

11.1. Desqualificação com mudança de foco. Se surge uma notícia (denúncia), impossível de ser contestada, muda-se o foco das reportagens da emissora e aparecem denúncias outras, envolvendo seus opositores.

Na Operação Monte Carlo está bem claro, também, este processo. Deputado Protógenes, Governo Federal, Governo do PT do Distrito Federal, Governo do PMDB do Rio de janeiro são colocados no meio das denúncias, enquanto os agentes principais são esquecidos. Fica a impressão de que políticos de todos os partidos estão envolvidos com as ilicitudes do Carlinhos Cachoeira.

Se não tem como envolver seus opositores na denúncia com provas robustas, cria-se outra denúncia explosiva, mesmo sem prova alguma, e centram todas as reportagens nela. Até o esquecimento, quase total, da denúncia com provas robustas.

12. Associação. 
12. Associação. Muito comum esta ação. Consiste em combinar com aliados da mídia uma pauta para atacar os opositores da emissora, o inimigo em comum. Um deles solta uma reportagem em seus meios impressos e sites da net e a emissora amplifica a reportagem, no Jornal da emissora, iniciando principalmente no Jornal Nacional, onde a audiência é a maior de todas. Então, a denúncia fica amplificada e em toda parte se repercute o que foi noticiado.
Pode haver a associação com um político, também, via horário eleitoral. Esta é uma técnica que consiste em jogar uma matéria no Telejornal da emissora e que o político associado à emissora, está pronto para repercutir, seja matéria em seu favor ou contra os adversários da emissora e do político. Na eleição para Presidente de 2010 ocorreu, algumas vezes, em horário nobre. E por que o político está pronto para repercuti-la? Porque a matéria foi feita por ambas as partes: emissora e político associado.