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terça-feira, 17 de maio de 2016

Onde estão?


As pessoas que se diziam contra a "corrupção do PT" se baseando em matérias da Veja e de O Globo repercutidas no Jornal Nacional, quando essas mesmas pessoas fechavam, e fecham ainda,  seus olhos para os casos onde políticos do PSDB principalmente (como Aécio Neves e José Serra) estão envolvidos?

As pessoas que citavam um barquinho de alumínio, dois pedalinhos, e uma mini-estátua do Cristo Redentor, como provas cabais de que Lula é um ladrão sanguinário; comandante de uma "quadrilha de petralhas" que desvia, desde 2003, de 3% de todos os contratos sob sua responsabilidade?

 (Claro, não pode faltar a pérola dizendo que seu filho é sócio majoritário da Friboi, dono de umas 6 fazendas, e também um dos donos da Oi Telefonia... pausa pra raciocinar: Tasso Gereissati deve ter sido tungado nessa, Lulinha é mesmo um expert na arte de roubar um ladrão, uma vez que foi ele, Jereissati - uma estrela tucana cearense - quem "alaranjou" e se arranjou quando a Oi foi criada no ápice da Privataria Tucana).

(Interessante, nenhum espanto pelo fato de Temer ser proprietário de uma fazenda da 1500 hectares... afinal... convenhamos... Michel Temer faz parte da “gente diferenciada” da nata dos “homens bons”).

As pessoas que ficavam repetindo no facebook e no zap-zap os mesmos hoax de sempre, sempre incriminando Lula e Dilma, sempre os chamando de ladrões, de "corja nojenta do PT" (corja da qual faço parte, pois sou filiado a esse partido)?

As pessoas que se revoltaram quando Dilma chamou Lula para ser seu Ministro Chefe da Casa Civil, por ele ter sido citado (não condenado) em “delação premiada” no âmbito da vaza-jato e agora se calam quando Temer numa canetada só empossa pelo menos 7 “homens bons” citados em depoimentos registrados (não apenas delatados) na mesma operação comandada pelo “semi-deus” Sérgio Moro?

domingo, 15 de maio de 2016

Governo ilegítimo, não reconhecemos

Até agora o Uruguai, a Bolívia, o Equador, a Venezuela, a Nicarágua, El Salvador e Cuba são países da América Latina que não reconhecem o governo golpista de Michel Temer e seus comparsas; a Venezuela inclusive chamou de volta seu embaixador.

O golpe já estava sendo denunciado ao mundo desde o seu nascedouro e a partir do 17/04/2016 ficou claro para boa parte da comunidade internacional que os golpistas estavam avançando e que mesmo denunciados não iriam retroceder, como o fizeram no dia 11/05/2015 quando expulsaram Dilma Roussef do Planalto.

"Em um dos comunicados, o Ministério das Relações Exteriores diz rejeitar "enfaticamente" declarações recentes dos governos da Venezuela, de Cuba, da Bolívia, do Equador e da Nicarágua, além da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América/Tratado de Cooperação dos Povos (Alba/TCP).

Segundo o Itamaraty, esses cinco países e a Alba "se permitem opinar e propagar falsidades sobre o processo político interno no Brasil".

"Esse processo se desenvolve em quadro de absoluto respeito às instituições democráticas e à Constituição federal", destaca um das notas."

http://g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-dilma/noticia/2016/05/itamaraty-critica-governos-de-5-paises-por-propagar-falsidades-sobre-brasil.html

"O presidente de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, disse neste sábado que não reconhece o novo governo do Brasil, encabeçado por Michel Temer, que assumiu a presidência interinamente após a decisão do Senado brasileiro de iniciar um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Dilma Rousseff foi afastada do cargo por até 180 dias em meio a acusações de violações às leis de responsabilidade fiscal.

"Tomamos uma decisão de não reconhecer esse governo provisório, porque há uma manipulação política, e vamos mandar chamar nossa embaixadora para que volte ao país", disse Sánchez Cerén em discurso em um povoado ao oeste da capital."

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/05/el-salvador-nao-reconhece-governo-temer-e-chama-embaixadora-de-volta.html

(José Serra, o "ministro" de Temer que manda no Itamaraty após o golpe de estado... dispensa apresentações... no passado, na campanha eleitoral de 2010 chamou o Brasil de "Estados Unidos do Brasil" - com "z" mesmo bem ao gosto dele - é um conhecidíssimo lambe-botas dos EUA e vive salivando para entregar o que for possível das nossas riquezas, principalmente o petróleo e notadamente a Petrobés e o Pré-Sal, para as mãos "competentes" dos americanos; evidente que sua gestão vai ser no sentido de nos afastar do Cone Sul e dos "bolivarianos", nada surpreendente nisso)

Só queria mesmo que esse não reconhecimento dure até as Olimpíadas em 2016 e que esses países simplesmente cancelem sua participação nos jogos.

sábado, 14 de maio de 2016

Nome aos bois e às vacas também

Todos os citados e citadas abaixo deram sua contribuição para que o Golpe de Estado contra Dilma Vana Roussef Linhares fosse cristalizado em 17/04/2016, e finalmente concretizado em 11/05/2016, então nada de querer tirar o reto da reta agora, como uns e umas já estão querendo fazer ao ver merda que ajudaram a se formar no Brasil com a “ponte para o futuro”, na verdade um futuro de trevas e retrocessos, de Temer e seus comparsas, nem muito menos lá na frente quando mais e mais pessoas que foram influenciadas e ludibriadas por eles e elas perceberem a vigarice e o cinismo por trás de tudo isso, por trás da capa e do focinho nojento de “seriedade” e “preocupação com os destinos do Brasil”.
Nome a alguns bois, e a algumas vacas também:
Aécio Neves, Alexandre Garcia, Ali Kamel, Ana Maria Braga, Ana Paula Padrão, Boris Casoy, Carlos Heitor Cony, Carlos Nascimento, Carmen Lúcia, Celso de Mello, Celso Russomano, Cristiana Lobo, Cristiane Pelajo, Cristovão Buarque, Datena, Dias Toffoli, Eliana Catanhede, Evaristo Costa, Fábio Júnior, Fátima Bernardes, Faustão, Fernando Henrique Cardoso, Galvão Bueno, Gilmar Mendes, Gilmar Mendes, Heraldo Pereira, Joaquim Barbosa, Jorge Pontual, Leilane Neumarth, Líllian Witte Fibe, Lobão, Luciano Huck, Marcelo Rezende, Marcelo Tass, Marina Silva, Marta Suplicy, Míriam Leitão, Mônica Waldvogel, Patricia Poeta, Raquel Sherazade, Ratinho, Renata Vasconcellos, Ricardo Boechat, Ricardo Noblat, Rodrigo Janot, Rosa Weber, Roger, Sandra Annenberg, Sérgio Bial, Sérgio Moro, Vítor Belfort, Wanderley Silva, Willian Bonner, Willian Waack
(Lista em aberto ainda, aceita-se colaborações).
O porque de nome aos bois e também às vacas:
Dilma era chamada de vaca diversas vezes aos dias por seus teleguiados (ainda é chamada, agora por um cada vez mais reduzido número de "antenados", por motivos óbvios após o golpista Temer assumir e mostrar de fato ao que veio); além de "vaca", a chamavam também de "puta", de "boqueteira do Lula", "dilmanta" (Dilma, a anta), "bandilma"(Dilma, a bandida), além do "lindo episódio" quando uma claque, de "gente do bem e diferenciada", bancada pelo Banco Itaú e incentivada (e filmada orgulhosamente) pela Rede Globo, a mandou histericamente TNC num estádio lotado na abertura da Copa em 2014; Dilma Roussef foi tão brutalmente demonizada e ridicularizada por eles e elas que até senhoras que têm a mesma idade dela, foram pras ruas com cartazes lamentando o fato de ela não sido assassinada pelo Dói-Codi, outras, também mães e avós como a Presidenta, de maneira totalmente desumana chegaram a desejar a morte dos seus netos, Gabriel e Guilherme, e da sua filha, Paula.
O troco é merecido e tem que ser dado daqui pra frente, temos que acabar, de agora em diante, com essa história de convivência pacífica e de "pactos conciliatórios" com esses e essas canalhas. Acabou, tem que acabar isso, estamos imerso num golpe de estado de sombrias e terríveis consequências por culpa, em grande parte, dessa gente.

Coração Valente


quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Dilma... primeiro discurso pós 2º turno

Desmontar os palanques significa perceber que na democracia – em toda e qualquer democracia – no processo eleitoral se disputam visões, propostas, as mais diferentes, e essas propostas e essas visões são levadas ao escrutínio popular.


O povo vai decidir o que ele considera que seja a proposta que ganhará majoritariamente apoio e aquela que não ganhará.


Isso significa ter consciência do que a democracia é.


A democracia é, primeiro, esse fato: você disputa a eleição, se submete e pode ou não, ganhar.


O ato de poder ou não ganhar faz parte do jogo democrático. Há que saber ganhar, como há que saber perder.


As duas exigem uma atitude.


A atitude do ganhador não pode ser nem de soberba, nem pretensão de ser o último grito em matéria de visão política.


Não pode, de maneira alguma, retratar uma visão pretensamente mandatada por um processo qualquer que faz com que não seja necessário nem o diálogo, nem a construção de consensos, nem a construção de, como vocês chamam, pontes.


Quando eu fiz a minha manifestação, logo depois da eleição, eu afirmei: toda eleição, ela indica um processo, ela indica um processo.


Neste caso nosso, duas palavras ganharam destaque: mudança e reforma, indicando, assim, que o governo, apesar de ter uma presidenta reeleita, tem de ser um governo que proponha mudanças e reformas.


Ao mesmo tempo, é um governo que tem de governar para todos os eleitores, independentemente do qual seja o voto daquele eleitor ou o que ele represente.


Isso é decisivo que se entenda que faz parte do processo democrático.


Qualquer tentativa de retaliação por parte de quem ganhou, ou ressentimento por parte de quem perdeu, é uma incompreensão do processo democrático.


E mais, criaria no Brasil um quadro caótico: o presidente eleito por um lado não conversa com o governador eleito por outro. O senador eleito por um lado não conversa com o outro senador eleito por outro.


Não pode ser assim.


Isto não implica que nós podemos pretender que alguém abra mão das suas convicções ou das suas posições.


Ninguém deve abrir mão das suas convicções, nem das suas posições.


O que nós temos que defender é um diálogo com base em propostas, não tem diálogo genérico, é com base no que nós consideramos o correto e outros consideram um pouco diferente, então, tem de ver se dá para fazer um encontro em uma posição consensual.


É disso que se trata, não tem mais nenhuma vírgula a mais, nem a menos.


Agora, qualquer suposição que uma campanha não acirra ânimos, também não seria real. Ela acirra ânimos, ela acirra ânimos…


Agora, qual é a nossa função como cidadãos brasileiros?


Da presidenta a todas as lideranças, é mudar o ritmo da discussão.


Se a discussão era uma discussão que acirrava ânimos, até porque você tem de mostrar as diferenças e, ao mostrar as diferenças, você ressalta mais o que é diferente do que é possivelmente comum, nós agora temos que fazer a trajetória inversa.


Isso ocorre em qualquer democracia madura do mundo, em qualquer uma.


Eu queria dizer que nós temos algumas características que eu considero que nós temos de valorizar.


Nós saímos de um processo ditatorial, fizemos uma transição democrática e estamos em uma eleição que, de fato, cada vez mais aprofunda a democracia no Brasil.


Nós sabemos que o espaço principal de diálogo é no Congresso, porque no Congresso está expressa toda a diversidade da Nação brasileira, diversidade essa que todos nós temos de valorizar porque é o que marca e é a nossa característica intrínseca mais forte.


Nós somos uma nação multidiversa, portanto somos uma sociedade multidiversa. E o que se expressa no Congresso é essa sociedade, essa nação. E é ali que nós temos um local de diálogo.


Isso não significa que nós não tenhamos os partidos políticos, os órgãos diferentes do governo de dialogar com os diferentes setores, de dialogar, por exemplo, com o agronegócio, de dialogar com a agricultura familiar, de dialogar com a indústria.


Temos de dialogar com todos os setores, com os movimentos sociais, com as centrais sindicais, enfim, nós temos de ter uma abertura para dialogar com todos.


Agora, o espaço privilegiado de articulação política é o Congresso Nacional. E é lá que se dará, basicamente, a relação entre o governo e os partidos.


Essa relação, pra mim, ela é uma relação estratégica. E quando eu cumprimentei a sobriedade, a pedagógica sobriedade do PSD, é porque eu acho que é muito importante para o Brasil uma relação como a pretendida pelo PSD e a que tem sido desenvolvida ao longo do processo com o meu governo.


Quero cumprimentá-los por isso, porque eu acho que é um exemplo relacionamento político, sóbrio e concreto.


Eu quero, também, dizer que eu farei as mudanças que todos nós escutamos ao longo da campanha eleitoral, antes da campanha eleitoral e sabemos que estamos escutando sistematicamente.


Essas mudanças, nós temos de saber que elas serão o resultado da vontade, do trabalho e da articulação do governo, dos partidos que integram nossa base aliada, do Congresso e, portanto, dos partidos da base com a oposição.


Essas mudanças, elas são fruto de um processo de síntese que nós vamos levar a cabo.


(…)


E aí, eu queria dizer quais são os principais pontos para essas mudanças. Em termos de metas é aceleração do crescimento, combate à inflação, preservação da responsabilidade fiscal, continuidade da expansão do emprego e da renda, e da inclusão social.


Em cima desses pontos mais simples que se dá o nosso processo.


Agora, eu conto com o PSD, também para que a gente consiga, primeiro, de fato efetivar uma reforma política.


Acho que o Brasil precisa de uma reforma política. (…) Nós falharíamos se não fizéssemos uma reforma política. O Brasil necessita dessa reforma.


É óbvio que ela passa pelo Congresso, mas também não podemos descuidar da presença e dos interesses populares expressos durante toda a campanha.


Dos 7 milhões de assinaturas arrecadadas, das propostas colocadas e temos de entender este processo, eu não pretendo, nem ninguém do governo pretende, ter a fórmula pronta de como é que isso se dará.


Agora, nós temos de ter a convicção que é algo que temos de assumir e encaminhar.


Nós temos de ter capacidade de entender que, sem isso, o Brasil não dará os passos que tem de dar.


Acho que nós também temos de olhar e todo mundo aqui sabe da dificuldade de fazer pelos conflitos distributivos que enseja uma reforma tributária. Temos de ter capacidade de entender isso. Sempre se cria um impasse na questão da reforma tributária.


Eu considero que nós conseguimos mostrar um caminho de reforma tributária quando demos um passo na universalização do Simples. O processo mais similar a uma reforma tributária feita no Brasil foi a universalização do Simples e este processo que nós nos comprometemos durante a campanha e faremos que é (…) o fim do abismo tributário, no caso dos micro e pequenos empreendedores. Foi um desafio, conseguimos fazer.


Agora, é um passo, ele mostra um caminho, mostra uma direção de simplificação, de unificação e de fim da burocracia.


A outra questão que eu acho que nós teremos de ter muita clareza sobre ela é mais acesso e qualidade na educação e na saúde.


(…)


Posto que aqui tem governadores eleitos, mais do que nunca – vice-governadores também – mais do que nunca tratar de (…) Uma política nova de segurança pública; nós nos comprometemos, na campanha, em enviar uma mudança na Constituição para responsabilizar a União, também, pela política de segurança. É algo fundamental para poder dar unidade e consistência, agir de forma coordenada no plano nacional e mais rigor no combate à corrupção e à impunidade. E eu acho que está casado também com a questão da reforma política.


(…)


o PSD para mim é protagonista. Eu acho que o PSDB é oposição.


… o resultado da eleição é o seguinte: eu fui eleita situação, reeleita presidente. E eles tiveram menos votos, foram indicados para oposição.


É isso que é a democracia, a democracia faz esse processo, uns vão para oposição e outros vão para a situação, é da vida.


Saber perder é saber em que ponto você está, não significa que nós vamos construir, como vocês disseram aqui, um muro entre nós, né?


Um muro tem um lado do Brasil que é a situação e tem o outro lado do Brasil que é a oposição… não tem isso (…)


Os eleitores não são de ninguém, não são meus, não são de ninguém. Os eleitores são os brasileiros que nós temos que dar conta do que eles querem a partir de agora. Cada um de nós, os governadores nos seus estados, que nós somos majoritários e os senadores também que foram eleitos, mesmo por parte do eleitorado, nunca é 100%, também serão senadores de todos os integrantes da população que representam.


(…)


o PSD é um integrante do meu governo, faz parte da minha base aliada e, portanto, é protagonista. Protagonista significa não só apoio passivo, protagonista significa agente ativo. É essa a minha, o meu intuito, é essa a minha visão e eu vou me comportar, a partir de agora, baseada nesse posicionamento e quero dizer uma coisa: eu tenho muito clareza da importância que o PSD ocupa nesse cenário partidário brasileiro. Muita clareza do papel e da importância desse papel. Cada partido ocupa um papel, todos eles são extremamente importantes, mas o PSD tem uma característica que eu comecei falando e vou encerrar com ela: acredito que o centro político é um espaço privilegiado nas democracias e que um centro político é um espaço que nós temos de considerar como sendo extremamente importante.


Muitas vezes, ali no centro político, (é) que os diferentes conflitos da sociedade podem ter resolução.


Então, é isso que eu espero do PSD,  (…) e faço minhas palavras as do (Cláudio) Lembo: é muito significativo que a minha primeira reunião comece com este nível político de relacionamento no qual pessoas, que mesmo não votando em mim, estão dispostas a trabalhar junto.


Então eu agradeço também de coração a esses que não votaram em mim, e agora me apoiam. Obrigada.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

3° turno em marcha sinistra...

Durma-se em paz com uma dessas:

PSDB solicita auditoria na eleição baseado no sentimento que as redes sociais traduzia no pleito:


“No pedido ao tribunal, partido diz que confia no sistema eletrônico e que só tomou a medida atendendo a dúvidas levantadas nas redes sociais”

Esses pulhas e essas pulhas não sabem perder, como tinham a quase certeza que o golpe em conluio com a mídia (Globo e Veja principalmente) iria fatalmente lhes proporcionar o resultado esperado com a derrocada de Dilma e do PT do Planalto, estão partindo para o golpismo barato e explícito.

Querem ganhar no grito, querem ganhar no tapetão.

Estão aplicando literalmente a estratégia de Lacerda: não pode se candidatar, se eleita não pode ser empossada pois daremos um jeito de fazer perder e tomar o lugar, se empossada não deixaremos governar.

Só ficarei tranquilo quando e se Ricardo Lewandowski  diplomar a Dilma em Janeiro de 2015, até lá todo santo dia teremos notícia de alguma patifaria dessa turma.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Falemos de alteração de perfis... ótimo texto de saul Leblon

ALTERAÇÃO DE PERFIL: LULA, DILMA, PETROBRÁS



Vamos falar de bullying ideológico? Não faltam clássicos do jornalismo meliante a incriminar Lula, sangrar o PT, indispor Dilma e a falir a Petrobrás.



"Alteração de perfil: Picasso, Lula, Dilma e Petrobrás

Não se sabe ainda se foi um surto de megalomania ou de desespero.

Quem sabe as duas coisas juntas.

O  fato é que jornalistas do maior oligopólio de comunicação do país, cujos perfis foram  alterados na Wikipédia com uso do sinal de Wi-Fi do Planalto, declararam-se vítimas de uma política oficial de bullying  ideológico.

Promovida pelo ‘governo do PT’.

Claro.

Não importa que a trama careça de lógica. Manchetes faiscantes selaram o enredo.

É preciso paciência. Vamos lá.

Personagens autoexplicativos, que vivem de reafirmar o que são, cujas assinaturas se confundem com um timbre do que representam, demandariam alguma conceituação adicional? 

E do governo? 

De um governo que investe a maior verba publicitária destinada à tevê justamente no grupo ao qual  os dois ofendidos pertencem?

E o faz a contrapelo de uma audiência crepuscular  dos beneficiados –atacaria assim?

Pela…  Wikipédia?

De dentro do Planalto?

Carta Maior  nasceu e se propõe a ser um espaço de reflexão da esquerda que não renuncia à interdependência entre socialismo e democracia.

Sua isenção consiste em produzir  jornalismo –com modestíssimos recursos–   a partir desse mirante histórico.

A opção não dispensa, ao contrário, pressupõe   um ambiente de pluralidade informativa para afrontar o denso nevoeiro da crise civilizatória do nosso tempo, da qual o vale tudo do capitalismo é uma síntese robusta.

Os dias que correm demonstram: isso não é retórica.

Os referidos donos dos ‘perfis alterados’, no entanto,  habitam um universo de comunicação   isento de dúvidas. E avesso ao contraditório.

Desse minarete blindado sentenciam projetos, programas, lideranças, movimentos, governos e reputações  à fogueira purgativa de um capitalismo entregue à sua própria  lógica.

Ai dos que teimam.

Um metalúrgico teimou e chegou onde não devia, em 2003, enfiando-se  em uma faixa presidencial .

Sujeito sem termo, de jejuna experiência administrativa, o monoglota pouco afeito aos bons modos, veio cercado de gente da mesma cepa e ungido por malta de instintos equivalentes  aos seus.

A elite e o dinheiro reagiram e reagem inconformados. 

Vamos falar de bullying ideológico? De sistemática falsificação no perfil? De onipresente e martelante adulteração de imagem?

Por exemplo.

Na edição da Folha de São Paulo  –um braço dessa engrenagem–  desta 2ª feira (11/08), pequena nota  corrige erro aparentemente  desprovido  de maiores consequências, cometido no alvorecer do ciclo de governos petistas.

Só aparentemente.

Na edição dominical de 07 de março de 2004, o jornal alimentara o sentimento de menosprezo dos seus leitores pela coisa pública, oferecendo-lhes um contundente exemplo da incompetência estatal, ademais do despreparo do novo governo, para lidar com o próprio patrimônio.

Sob o título “Decoração burocrata –Desenho do pintor espanhol, que divide moldura com restos de insetos, foi descoberto por historiador”, uma foto gigantesca na 1ª página da Folha mostrava o que seria um autentico Picasso (1881-1973), pendurado em uma das salas da direção do INSS, em Brasília.

“Uma mulher desenhada por Pablo Picasso”, dizia o texto, “passa os dias debaixo de luzes fluorescentes e em meio à papelada de uma repartição (…)  Pendurada desde o final do ano passado numa das salas da diretoria do instituto próxima de uma fotografia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a mulher de Picasso ainda aguarda um destino melhor… ” (Marta Salomon; Folha de SP (07/03/2004)

Como então, uma gente que não consegue dar destino melhor a um tesouro artístico do que ombreá-lo a um pôster de Lula, pode se propor a comandar o país?

Era a mensagem.

A intenção verdadeira.

Tão falsa quanto a originalidade  da obra.

O tesouro, agora se admite, era apenas uma reprodução de desenho do pintor de Guernica.

A confissão do bullying  veio nesta 2ª feira.

Com uma década de atraso.

Ainda assim porque a barriga foi resgatada pelo cineasta Jorge Furtado, que argui o padrão  Frias de qualidade em seu recém lançado filme,  ‘Mercado de Notícias’
A real dimensão do que estava em jogo  remete a um processo bem mais amplo de ‘alteração de perfil’  que ainda não terminou.

Empossado há um ano e três meses, o então Presidente Luís Inácio Lula da Silva era alvo de um agressivo  terceiro turno por parte de um dispositivo midiático disposto a vingar a derrota do seu eterno delfim, o tucano José Serra.

O ataque era humilhante  e implacável. Não raro grosseiro.

Três meses depois  do Picasso, a mesma Folha e de novo na edição nobre dominical ( 13/06/2004), estampava nova foto sugestiva na primeira página.

Maior que a anterior, vinha encimada de manchete capciosa  e deselegante. A composição cuidava de cevar o ódio da classe média, fidelizando-a no menosprezo e na desqualificação  ao novo governo e ao seu principal expoente.

Uma ração matinal para as famílias se enojarem da política e dos políticos  –sobretudo os do PT.

Na imagem, Lula toca um berrante numa angulação que dá sentido dúbio ao seu gesto. A intenção  ostensivamente  buscada se explicita na manchete garrafal a emoldurar o conjunto:

‘25% dos filhos da elite bebem demais’(http://acervo.folha.com.br/fsp/2004/06/13/2/)

O texto reitera a visada:  “ (…) à noite, houve uma festa junina para marcar os 30 anos de casamento do presidente (…) O carro de boi estava carregado de comidas típicas, como carne seca, paçoca e biscoito de polvilho, além de três litros de cachaça…”(Folha de S Paulo; 13/06/2004)

Isso é alteração de perfil ou  jornalismo isento?

É coincidência ou ‘alguém deu ordem para isso’ –como  afirmou um dos personagens do ‘escândalo da wikipédia’?
Em dúvida, convém reler o texto da então colunista do jornal , Danuza Leão, publicado dois dias depois do arraial na Granja do Torto, na terça-feira,15/06/2004.

Com o título descolado, ‘Fala sério, Lula!’, a  socialite completa o serviço iniciado no domingo.

Estamos falando de uma  virtuose na arte de adicionar preconceito de classe ao antipetismo. Quem não se lembra do seu libelo contra os porteiros da era Lula, que agora também andam de avião? (http://www.cartamaior.com.br/?/Editorial/Daslu-Danuza-e-Da-o-fora-/30012).

Em 2004, ela já era boa nisso.

Trechos: ‘‘O Brasil tem tantos regionalismos bacanas (…) e o presidente e dona Marisa Letícia vão escolher logo uma caipirada dessas? Foi um desastre desde o começo: o tema da festa, o carro de boi chegando cheio de paçoca e cachaça (…)  Sempre se soube que a saudade de Fernando Henrique e dona Ruth Cardoso ia ser grande, mas não dava para imaginar que fosse ser tão grande. O arraiá foi de uma breguice  difícil de ser superada, mas não vamos perder as esperanças: até o fim do mandato eles talvez consigam” (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1506200413.htm)

Não seria o auge.

Eles se superam. 

Um clássico do gênero coube à edição da mesma Folha de S. Paulo,  de 30 de setembro de 2006, véspera do 1º turno da eleição presidencial daquele ano.

Um jato da Gol havia se chocado no ar com outro avião. Morreriam 155 pessoas.

A tragédia, de longe, era o destaque do dia. Mas a Folha, a mesma que agora se retrata com uma década de atraso  em relação ao falso Picasso, descolaria outra  obra de arte no gênero ‘falsificação de perfil’.

Virou um ‘case’ do jornalismo meliante.

A manchete em seis colunas (‘Fotos mostram dinheiro do dossiê’) faiscava sobre a imagem de uma montanha de notas, supostamente para a compra de um dossiê contra Serra  –que havia abandonado a prefeitura para disputar o governo do Estado.

Logo abaixo da pilha de dinheiro, a imagem de Lula, encapuzado com um impermeável de chuva que cobria o seu rosto.

Dois homens ladeavam o presidente e candidato à reeleição contra o tucano Geraldo Alckmin.

Seguravam o seu ombro. http://acervo.folha.com.br/fsp/2006/09/30/2/

Coisa de profissional.

O conjunto compunha a cena típica do bandido capturado por policiais: Lula reduzido à imagem de um marginal, emoldurado por dinheiro suspeito e manchetes criminalizando o PT.

A caminho da urna. Ou do xadrez?

Foi assim a marretada no seu perfil público naquele sábado, véspera da votação do 1º turno das eleições presidenciais de 2006.

Hors  concours?

Nunca se sabe.

Como esquecer a peça de 17 de dezembro de 1989?

Sequestrado por ex-militantes políticos chilenos, o empresário Abílio Diniz  seria libertado do cativeiro naquele dia.

Presos, os sequestradores seriam fotografados e filmados pela Globo & Cia usando camisetas do PT.

Isso aconteceu exatamente no dia da votação do segundo turno da disputa presidencial, vencida por Collor.

Acabou?

Em 2010 teve a ficha da Dilma.

Em 2012, a decisão do relator Joaquim Barbosa de calibrar o julgamento do chamado mensalão, de modo a sentenciar o ex-ministro José Dirceu à boca da urna das eleições municipais…

Assim por diante.

Como será a primeira página da Folha e assemelhados no dia 4 de setembro, véspera do 1º turno das eleições presidenciais deste ano?

Não se pode  alimentar ilusões.

Tome-se a fuzilaria contra a Petrobrás nos dias que correm.

O alvo é duplo: derrubar a estatal no colo da candidatura Dilma.

A empresa criada por Getúlio em 1953,  fechou 2013 como a petroleira que mais investe no mundo: mais de US$ 40 bilhões/ano; o dobro da média mundial.
Ademais,  é a campeã mundial no decisivo quesito de  prospecção de novas reservas.

Este ano, 36 novos poços já entraram em operação.

O pré-sal já produz  480  mil barris/dia.

Em quatro anos, a Petrobras estará extraindo 1 milhão de barris/dia da Bacia de Campos.

Até 2017,  investirá US$ 237 bilhões; 62% em exploração e produção.

Em 2020, só o pré-sal adicionará 2,1 milhões de barris/dia à oferta brasileira.

Praticamente dobrando  para 4 milhões de barris/dia a produção nacional.

O bullying contra a empresa  mal disfarça seus  propósitos.

Seu empenho, neste momento, é sequestrar a Petrobras para o palanque da campanha sombria: o ‘Brasil que não deu certo’.

Os números retrucam. O pré-sal mudou o tamanho geopolítico da nossa economia.

O mais difícil foi feito.

O novo marco regulador transfere à Petrobras a responsabilidade soberana de harmonizar duas variáveis básicas: o ritmo da extração e o do refino.

Ambos associados à capacidade brasileira de atender à demanda por plataformas, máquinas, barcos, sondas etc.

Se a exploração corresse livre,  todo o efeito multiplicador do pré-sal vazaria em importações e geração de empregos lá fora.

Para internalizar as rendas do refino, cinco plantas estão sendo construídas, simultaneamente.

A Abreu de Lima, a maior de todas, entra em operação em novembro.

O conjunto causa  erupções cutâneas na pátria dos dividendos, que prefere embolsar lucros rápidos, com o embarque predatório de óleo bruto.

Causa arrepios no conservadorismo igualmente: o êxito do pré-sal  é a derrota da agenda privatista.

O parque tecnológico de ponta que está nascendo na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, com laboratórios de todo o mundo, é uma vitória da luta pelo desenvolvimento soberano.

Um berçário da reindustrialização que se preconiza para o país.

Dali  sairão inovações e tecnologias que vão irradiar saltos de eficiência e produtividade em toda a rede de fornecedores nacionais do pré-sal.

É desse amplo arcabouço de medidas e salvaguardas que poderão jorrar os recursos do fundo soberano para erradicar as grandes iniquidades que ainda afligem a população brasileira.

Da carência na saúde, às deficiências na educação pública, por exemplo.

Tudo isso é sabido. Mas passa hoje por um corredor polonês de falsificação de perfil destinado a triturar a reputação da estatal, de seus dirigentes, de seu potencial econômico e de seu significado para a autoestima nacional.

Desqualificá-la é um requisito para reverter a blindagem em torno de uma riqueza, da qual as petroleiras internacionais e o privatismo de bico longo ainda não desistiram.

A Petrobrás passa por ajustes compreensíveis depois do gigantesco estirão desencadeado pelas descobertas do pré-sal. E do sacrifício –justificado–  de anos vendendo gasolina 20% abaixo do valor importado.

Com a inflação há quatro meses em queda, o preço do combustível será corrigido agora, sem risco de descontrole.

A gasolina, porém, é só o lastro oportunista de um pavio permanentemente  aceso contra a empresa.

A verdadeira intenção do bullying é outra.

Trata-se de promover uma alteração de perfil  no discernimento da própria sociedade.

Para  convencê-la da natureza prejudicial da presença do Estado na luta pelo desenvolvimento.

E a rejeitar, junto, quem a defende:  Dilma, favorita nas urnas de outubro, quando a Petrobrás completa 61 anos de vida."

terça-feira, 29 de julho de 2014

As revelações de Dilma na sabatina da Folha

Postado em 28/jul/2014 por Paulo Nogeira no Diário do Centro do Mundo


"E aos 46 minutos do segundo tempo, já no fim da prorrogação, veio o melhor momento da entrevista que Dilma concedeu a jornalistas da Folha, do UOL, da Jovem Pan e do SBT.
Dilma revelou que traz dois hábitos dos dias em que fugia da polícia da ditadura.
O primeiro é ter dinheiro em espécie à mão, para emergências. Como está posto em sua declaração de bens, ela tem cerca de 150 mil reais cash.
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O segundo é o estranho costume de dormir com sapatos. Quer dizer, estranho para quem não tem que se vestir com urgência para bater em retirada, situação vivida por Dilma na época dos militares.
Tanto a mídia vem escrevendo sobre Dilma, e os brasileiros desconheciam informações deliciosas como estas. Isso não depõe a favor de jornais e revistas, definitivamente.

Estamos sempre com os braços remando contra a corrente, rumo ao passado, como escreveu Fitzgerald em sua obra máxima, O Grande Gatsby.

O dinheiro guardado e os sapatos no sono são os remos de Dilma.

O resto da sabatina foi o que se esperava. Quatro jornalistas tentando morder Dilma de todas as formas.

Adjetivos negativos se espilharam.  A situação econômica, ouvimos, não é simplesmente complicada. É “bastante ruim”.

A rejeição a ela, ouvimos também, não é normal, compatível com a de outros presidentes em final de mandato: é uma calamidade.

O “mercado” vê nela, também ficamos sabendo,  a combinação de tudo que de ruim alguém pode fazer no Planalto: política fiscal “frouxa”, complacência com a inflação, crescimento baixo.

E a corrupção, ah, a corrupção foi inventada pelo PT.

Nem parece, enfim, que Dilma lidera as pesquisas, e que tem boas chances de ganhar no primeiro turno.

Se ela dependesse dos entrevistadores para calibrar sua autoestima, estaria frita.
Mas não.

Dilma pareceu serena diante da pancadaria. Sem ser uma oradora natural, sem ser um fenômeno da retórica, saiu-se bem nas respostas.

Em comparação com Aécio, é menos loquaz, mas não trai, como ele, contrariedade diante de perguntas duras. Uma coisa pela outra, a vantagem é dela.

O único momento em que pareceu irritada foi quando o Santander apareceu na conversa.
Dilma não ficou satisfeita com as desculpas do banco, “muito protocolares”. Ela pareceu disposta a dar uma bronca pessoalmente no presidente do banco, se encontrar uma vaga na agenda.

Foi diplomática ao falar de Israel. Não endossou a palavra “genocídio”, usada por alguém de seu governo.

Preferiu “massacre”.

Falou nas mulheres e nas crianças mortas em Gaza. Mas lembrou que o Brasil foi um dos primeiros países a reconhecer Israel.

Subiu ligeiramente de tom quando foram invocados negativamente os médicos cubanos por conta dos salários.

Disse, com razão, ser incrível que, em pleno 2014, Cuba ainda seja objeto de manifestações “fundamentalistas”.

Mas o melhor da sabatina esteve fora da política e dentro da vida pessoal – no dinheiro em espécie e nos sapatos ao dormir.

Ali se viu não a presidenta em busca de um segundo mandato, mas uma mulher em busca de seus anos dourados, como o Gatsby de Fitzgerald."

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-melhor-de-dilma-na-sabatina/