sex, 25/07/2014 - 15:16
"O Governo de Israel disse que o Brasil é irrelevante e criador de 
problemas, segundo  manchete de O Globo. Há nisso uma contradição. Se é 
irrelevante não pode criar problemas. Se cria problemas não é 
irrelevante. Aliás, se fosse mesmo irrelevante, não teria levado o 
Governo israelense ao extremo de quebrar todos os códigos diplomáticos 
ao ponto de insultar  o Governo brasileiro com um ironia chula 
envolvendo a Copa, como se nós, brasileiros, fôssemos uns idiotas 
capazes de confundir massacre de inocentes com jogo de futebol.
Ainda pior que o insulto israelense a um país que sempre tratou com 
simpatia Israel, mesmo em momentos em que ele não merecia isso, é o 
comportamento da grande mídia brasileira. 
A invasão truculenta de Gaza é
 tratada como uma guerra entre iguais. O massacre de crianças e mulheres
 numa área confinada, sem saída, é apresentado como consequência natural
 do conflito. O recurso a uma violência extrema aparece como natural. E o
 Governo brasileiro é ridicularizado porque fala do óbvio, a saber, do 
uso desproporcional da força.
Na essência, tudo isso é a expressão reiterada do “complexo de 
vira-lata” da maior parte da grande mídia, segundo o qual tudo o que os 
Estados Unidos fazem é bom, sendo que os Estados Unidos, no caso, fazem 
tudo o que quer a direita israelense, e nós, subalternos e 
incompetentes, devemos nos alinhar cegamente a eles independentemente de
 uma visão crítica da política envolvida. Diante disso, ter uma atitude 
diplomática independente, generosa e equilibrada é assumida pela grande 
mídia como irrelevante na busca de humilhar o Governo, quando o que se 
está tentando fazer é humilhar o Estado e a própria nação.
Estamos diante do maior massacre de inocentes por uma força bruta 
militar, equipada com os mais modernos recursos tecnológicos do planeta,
 desde o Holocausto. Há, certo, uma diferença de escala. 
Qualitativamente, contudo, a câmara de Gaza se equipara à câmara de gás:
 ninguém pode sair lá de dentro enquanto os foguetes e o fogo da 
artilharia e dos tanques colhe a vida de crianças e mulheres. Parece que
 há em tudo uma contabilidade macabra: foram assassinados pelo Hamas 
três jovens judeus inocentes; a lei de Talião diz olho por olho, mas a 
lei do atual Israel diz que um judeu assassinado vale no mínimo 300 
palestinos mortos, ou mais.
Ah, sim, os extremistas do Hamas! E acaso não há extremistas em 
Israel? O fato é que cada vez mais esses extremistas comandam o Governo 
israelense enterrando todo tipo de iniciativa de paz, inclusive os 
tratados de Oslo, em nome da posse de uma terra invadida, roubada, sob o
 pretexto de uma herança bíblica que enterra o amoroso Senhor da 
Misericórdia debaixo do ódio primitivo do Senhor dos Exércitos. Caveat, 
Israel é o único fator presente no mundo contemporâneo que pode levar o 
planeta a uma guerra nuclear. 
Note-se que o pequeno David já não tem 
fundas, tem armas atômicas!
A diplomacia brasileira talvez seja irrelevante. Junto com a da 
Turquia, tentou uma alternativa diplomática para resolver o impasse 
entre os Estados Unidos e o Irã na questão do desenvolvimento do projeto
 nuclear pacífico iraniano. Os Estados Unidos, insuflados por Israel, 
mataram a iniciativa que eles próprios estimularam. A razão foi simples:
 Israel queria uma guerra contra o Irã. Queria repetir o que fez com o 
Iraque nos anos 80: bombardear as instalações nucleares iranianas. Não 
foi a prudência que levou os Estados Unidos a tirar o tapete de Israel. 
Foi o fato de que, do outro lado, havia uma potência nuclear de primeira
 linha, a Rússia, com respaldo chinês, em apoio ao Irã.
Felizmente já não estamos num mundo unipolar. Se tivéssemos, Israel 
teria comandado as forças militares norte-americanas no ataque ao Irã 
apoiado no lobby judaico que, de longe, não distingue entre o que são 
interesses fundamentalistas da direita  com os interesses legítimos do 
povo que vive em Israel. Deste, a maioria provavelmente deseja a paz com
 os palestinos, mesmo que isso significa algum tipo de concessão, 
sobretudo nos assentamentos que violam a própria lei internacional que 
criou Israel. Nas mãos dos radicais judeus, contudo, todos estamos em 
risco: ave, Israel, morituri te salutant!"
J. Carlos de Assis - Economista, doutor em Engenharia de 
Produção pela Coppe/UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB, 
autor de mais de duas dezenas de livros sobre economia política 
brasileira. 
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Os de sempre ainda vem com esse blá blá blá do "direito de 
defesa" de Israel, direito esse que lhes permite usar até armas 
proibidas por convenções internacionais (gás sarin, bombas incendiárias,
 armas quimicas...) contra um povo, os palestinos, que eles dizem 
(segundo a interpretação das suas "sagradas escrituras") ter invadido 
seus terrritórios.
A atitude da diplomacia brasileira ainda deixou no barato o preço pra esses nazi-sionistas israelenses.
Somos "anões diplomáticos', ótimo Dilma, comecemos então a rever alguns dos nossos acordos comerciais com esse "gigante".
Estou torcendo é que os outros BRICS tomem a mesma atitude brasileira, 
ai teremos não apenas 1 mais 5 anões insignificantes protestando contra 
esses nazi-sionistas... já imaginaram os diplomatas israelenses chamando
 Putin de anão diplomático?
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          A pergunta é : porque existe o Estado de Israel? Porque 
criminosamente e sem qualquer respaldo moral, legal ou de 
legitimidade... a não ser dos americanos e calhordas espalhados pelo 
resto da Terra,os americanos pra garantir um "estado amigo" num território cercado 
de petróleo por todos os lados (Irã, Iraque, Síria, Arábia Saudita...), 
isso a partir do pós II Guerra, os calhordas por que são calhordas 
mesmo.
Quando, e se um dia, o bondoso Israel matar o último palestino na 
faixa de Gaza eles bradarão pra o mundo: todo esse território restante 
em volta de nós nos pertence por direito divino, ai como Solução Final 
dirão que sírios, iraquianos, iranianos, sauditas... são invasores e 
tentarão uma novo ofensiva de "guerra cirúrgica contra alvos 
terroristas". 
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