terça-feira, 17 de maio de 2016

Onde estão?


As pessoas que se diziam contra a "corrupção do PT" se baseando em matérias da Veja e de O Globo repercutidas no Jornal Nacional, quando essas mesmas pessoas fechavam, e fecham ainda,  seus olhos para os casos onde políticos do PSDB principalmente (como Aécio Neves e José Serra) estão envolvidos?

As pessoas que citavam um barquinho de alumínio, dois pedalinhos, e uma mini-estátua do Cristo Redentor, como provas cabais de que Lula é um ladrão sanguinário; comandante de uma "quadrilha de petralhas" que desvia, desde 2003, de 3% de todos os contratos sob sua responsabilidade?

 (Claro, não pode faltar a pérola dizendo que seu filho é sócio majoritário da Friboi, dono de umas 6 fazendas, e também um dos donos da Oi Telefonia... pausa pra raciocinar: Tasso Gereissati deve ter sido tungado nessa, Lulinha é mesmo um expert na arte de roubar um ladrão, uma vez que foi ele, Jereissati - uma estrela tucana cearense - quem "alaranjou" e se arranjou quando a Oi foi criada no ápice da Privataria Tucana).

(Interessante, nenhum espanto pelo fato de Temer ser proprietário de uma fazenda da 1500 hectares... afinal... convenhamos... Michel Temer faz parte da “gente diferenciada” da nata dos “homens bons”).

As pessoas que ficavam repetindo no facebook e no zap-zap os mesmos hoax de sempre, sempre incriminando Lula e Dilma, sempre os chamando de ladrões, de "corja nojenta do PT" (corja da qual faço parte, pois sou filiado a esse partido)?

As pessoas que se revoltaram quando Dilma chamou Lula para ser seu Ministro Chefe da Casa Civil, por ele ter sido citado (não condenado) em “delação premiada” no âmbito da vaza-jato e agora se calam quando Temer numa canetada só empossa pelo menos 7 “homens bons” citados em depoimentos registrados (não apenas delatados) na mesma operação comandada pelo “semi-deus” Sérgio Moro?

Pois é Rede Globo... o golpe, como explicar?



Ei Rede Globo e coxinhas em geral...

Como dizer e explicar ao mundo que um governo de "homens dignos", chefiado por Temer, põe na Casa Civil um advogado de Eduardo Cunha, empossa pelo menos 7 ministros atolados até o talo na tal vaza-jato (que, pelo menos até o início de Abril, era a panaceia, chefiada pelo agora sumido Sérgio Moro, que livraria o Brasil dos “corruptos”) e ao mesmo tempo querer passar para as pessoas que tudo que está acontecendo aqui no Brasil desde o dia 17/04/2016 é absolutamente normal e que não é um golpe de estado, nem de ladrões notórios, que tirou Dilma do Planalto e pôs lá o crime organizado?

Como explicar a extinção da CGU (Controladoria Geral da União) e ao mesmo tempo querer convencer seu público que Temer e sua turma são pessoas absolutamente comprometidas com a transparência na coisa pública e com o fim da corrupção?

Como explicar a nomeação de um cidadão que foi advogado do PCC como Ministro da Justiça e de um ladrão de merenda escolar (de São Paulo) para o Ministério dos Transportes?

Como explicar a extinção de pastas ministeriais que atendiam demandas de minorias discriminadas (inclusive de pessoas com necessidades especiais) e também incentivavam a igualdade de gêneros e de raças?

Como explicar a extinção do SAMU-192 e do Farmácia Popular, sendo que essas duas pauladas (saneadoras, segundo o Ministro da Saúde que Temer empossou) significam, no mínimo, demonstração de desumanidade?

Como explicar a pretendida privatização radical (BB, CEF, Petrobrás, Correios...) e no “prazo mais curto possível”, portanto sem envolvimento da sociedade brasileira nas discussões, que atingirá até a Casa da Moeda do Brasil, como uma decisão que vai beneficiar o povo brasileiro?

Como explicar para jovens (que já faziam planos de participar do Ciência Sem Fronteiras – PROUNI – FIES e outros que já se beneficiavam dos programas), e para os pais e mães deles que foram pra ruas (incentivados(as) no JN, por gente como Bonner e Renata, e outros lixos informativos que vocês veiculam) chamar Dilma de ladra e pedir sua expulsão do governo, que agora o "governo de homens bons e das belas-recatadas e do lar" vai extinguir esses programas?

Como explicar, principalmente para seus atores e atrizes (que por sinal, em sua grande maioria, embarcou eufórica na onda “cívica” do “Fora Dilma e leve o PT junto”) a extinção do Ministério da Cultura pelo “governo de homens dignos” e comprometidos com o “progresso do Brasil”?

segunda-feira, 16 de maio de 2016

O crime organizado no Planalto

E vocês coxinhas, e vocês midiotas inimigos de livros e de leituras, vocês fanzocas da Globo e de Bonner e de Renata e de Alexandre Garcia e do Fantástico... vocês acreditaram que tudo isso que apoiaram e incentivaram era uma "cruzada da gente de bem do Brasil contra a corrupção"... meus sinceros e ardorosos parabéns. Dá um pouco de trabalho, mas procurem saber qual a função da Casa Civil em qualquer governo, talvez o tio Googel ajude nisso, ai verão o quanto é grave uma atitude como essa: nomear para um cargo dessa importância um advogado de um chefe de crime organizado como Eduardo cunha.

http://jornalggn.com.br/noticia/advogado-de-cunha-e-nomeado-para-juridico-da-casa-civil 

"Jornal GGN – O presidente interino Michel Temer nomeou para o cargo de Subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil o advogado de Eduardo Cunha. A nomeação de Gustavo do Vale Rocha foi publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira (16).

Ele foi sabatinado pelo Senado para integrar o Conselho Nacional do Ministério Público em maio de 2015. Na ocasião, ele confirmou aos parlamentares que advoga para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas apenas em ações privadas, sem relação com o Ministério Público.

A cara do sujeito:


Do Estadão


Por Julia Affonso e Fausto Macedo

Gustavo do Vale Rocha, sabatinado pelo Senado em maio de 2015 para uma cadeira no Conselho Nacional do Ministério Público, disse que atua para o presidente afastado da Câmara 'apenas em ações privadas', sem relação com a Lava Jato

O presidente em exercício Michel Temer (PMDB) nomeou para o cargo de Subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República, o advogado Gustavo do Vale Rocha, advogado do presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Gustavo do Vale Rocha é membro Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A nomeação foi publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira, 16.

Em maio de 2015, o Senado aprovou a nomeação de Vale Rocha para integrar o CNMP no biênio 2015-2017. O advogado, indicado pela Câmara dos Deputados, foi sabatinado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).


Durante a sabatina, o advogado confirmou, após perguntas de parlamentares, advogar para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas apenas em ações privadas, sem relação com o Ministério Público.

Ele acrescentou não ser advogado de nenhum parlamentar envolvido na Operação Lava Jato.

“Agirei com a isenção e a imparcialidade necessárias. Vossas excelências podem ter certeza disso”, assegurou por diversas vezes ao longo da sabatina.

O mensageiro do “polêmico” termo de posse que a agora presidente afastada Dilma Rousseff enviou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando pretendia nomeá-lo para a Casa Civil, Jorge Rodrigo Araújo Messias, era o subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, o ‘Bessias’. Após o afastamento de Dilma, ele passou a fazer parte da equipe a serviço do Gabinete Pessoal da Presidência, grupo designado para continuar trabalhado para Dilma.

O CNMP é composto por 14 conselheiros, que são indicados por suas instituições de origem e precisam também da aprovação do Senado Federal e da Presidência da República para assumir o cargo. A composição do CNMP é formada para uma gestão de dois anos, sendo que os conselheiros podem ser reconduzidos aos cargos por mais um mandato. O presidente do Conselho é o procurador-geral da República.Os conselheiros têm como obrigação participar das reuniões do Plenário e/ou das comissões, quando convocados, com direito à palavra e voto. Cabe a eles também elaborar projetos, propostas ou estudos sobre matérias de competência do CNMP.

Segundo o site do CNMP, Gustavo do Vale Rocha nasceu na cidade de Belo Horizonte, em 1973. É graduado em Direito pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB). É especialista em Direito Econômico pela Fundação Getúlio Vargas e pós-graduado pela Escola da Magistratura do Distrito Federal. É mestre em Políticas Públicas pelo Centro Universitário de Brasília, tendo apresentado dissertação sobre o papel das Instituições de Ensino Superior no acesso à justiça. Exerce a advocacia desde 1997.

No início da sua trajetória profissional, foi funcionário do Banco do Brasil, no período de 1987 até 1998, tendo ingressado na instituição por meio de Concurso Público. Desde 1999, é professor universitário, ministrando a disciplina de Direito Civil. É coordenador adjunto do Curso de Direito do Centro Universitário de Brasília e supervisor do Núcleo de Prática Jurídica do Centro Universitário de Brasília, onde também faz parte do Conselho Universitário e do Conselho de Ensino e Pesquisa.

De 2004 até a presente data, é sócio do Escritório de Advocacia Vale e Rocha Advogados Associados."